Nas colinas marrons ao redor da essencialmente árida Pequim e em outros locais de competição da Olimpíada de Inverno, a China produzirá grandes quantidades de neve artificial para cobrir pistas de esqui e rampas de salto, mas há uma coisa que o país ainda é incapaz de fazer: equipamento de produção de neve de qualidade.
Os padrões domésticos de equipamentos de produção de gelo e neve são “basicamente inexistentes”, lamentou o Ministério da Indústria e da Tecnologia de Informação chinês em um comunicado nesta quarta-feira (17), e o setor é “dominado principalmente por marcas estrangeiras”.
Nomes europeus têm uma fatia de 60% da cadeia global de suprimentos de esportes de inverno, e empresas dos Estados Unidos ficam com 30%, de acordo com estimativas do setor.
É “urgente” que a China crie um grupo de trabalho especial para conceber e promover padrões de produção para equipamentos como máquinas de neve, máquinas de limpeza de neve e veículos de neve para todos os terrenos, disse o ministério.
O foco será a produção de equipamentos de nível intermediário e de alta qualidade, mas futuramente líderes em todas as categorias de equipamento, acrescentou a pasta.
A China espera transformar 300 milhões de pessoas em esquiadores e snowboarders nos próximos anos e vislumbra um setor que espera chegar ao equivalente a US$ 149,2 bilhões (o equivalente a R$ 777,9 bilhões) até 2025.
Pequim sedia a Olimpíada de Inverno de 2022 entre 4 e 20 de fevereiro.