A comunidade camaronesa de Brasília alugou um espaço para assistir a partida contra o Brasil nesta sexta-feira. Com muito churrasco, cerveja e amendoim cozido, os africanos da Associação de Camaroneses de Brasília se juntaram aos amigos brasileiros em Ceilândia, há cerca de 30 quilômetros da Esplanada dos Ministérios.

O organizador da festa foi o técnico de informática, DJ, professor de inglês e francês Hadison Ticha, de 40 anos. O simpático camaronês tem muitos amigos no Brasil, país que escolheu há 15 anos para viver em busca de uma vida melhor. Pouco antes do início da partida, a confiança dele na vitória não era tão grande.

No intervalo, o DJ camaronês tocou músicas típicas do país africano, de ritmo dançante e frenético. O ânimo da torcida melhorou com o empate sem gols no primeiro tempo. O assistente administrativo da embaixada de Camarões em Brasília, Andrew Oben, opinou que o time reserva do Brasil favorece o time africano.

No segundo tempo as torcidas se agitaram. De um lado, os brasileiros cantavam “eu sou brasileiro”, do outro os camaroneses lembravam do 7 a 1 contra Alemanha.

Com o gol de Camarões, a torcida africana foi à loucura. Ligaram o som e a festa começou antes do jogo terminar.

A camaronesa aposentada, Henriette Ndjana, comentou sobre a alegria de vencer o Brasil: “Muita emoção, muita alegria.”

Dançando em frente a TV, os africanos comemoraram a vitória contra o Brasil e, não teve jeito, os amigos brasileiros tiveram que entrar na dança.