O piloto Eric Granado viaja neste sábado (28) para Barcelona, na Espanha, para os últimos preparativos antes da estreia no Mundial de Superbike, que começa em fevereiro, com a primeira etapa na Austrália. Em paralelo, ele também terá pela frente outra temporada da MotoE, a Copa do Mundo das motos elétricas, onde buscará um título inédito. Antes da viagem, Eric conversou com a Rádio Nacional.
Eric Granado: Vai ser um ano de um grande desafio para mim – acho que o maior da minha carreira. Correr dois Mundiais no mesmo ano… mas estou muito motivado, vai ser muito legal. Eu venho trabalhando há muitos anos junto com a Honda (para ir) para o Mundial de Superbike, e, por outro lado, tentar conseguir esse título inédito aí na MotoE, que vem batendo na trave aí há alguns anos.
Já faz alguns anos que eu faço essa jornada dupla, de dois campeonatos. Mas, claro, o Mundial de Superbike é um nível mais alto, mais exigente fisicamente, principalmente. A gente tem três corridas no final de semana, eu não vou parar o ano inteiro. São 20 corridas no ano, então vai ser um ano bem corrido. A questão de ter duas motos diferentes não vai ser um problema, mas sim a questão psicológica. De descansar, recuperar, estar bem fisicamente nos dois campeonatos.
Rádio Nacional: Você disputou o (Campeonato) Espanhol de Superbike nessa última temporada. O quanto você acredita que (essa experiência) vai agregar pro Mundial que você vai ter pela frente?
Granado: Os últimos dois anos no Espanhol foram muito importantes para mim, para eu conseguir entender como é a categoria na Europa. Eu corria aqui no Brasil e fui campeão aqui quatro vezes de 1.000 cilindradas, mas é muito diferente a pilotagem, o estilo da categoria na Europa. Então os dois anos no Campeonato Espanhol serviram de preparação para mim, para ir para o Mundial: pegar o ritmo, o nível, entender como funciona”.
Rádio Nacional: O campeão da MotoE na última temporada (o suíço Dominique Aegerter) foi para o Mundial de Superbike. Vocês vão se encontrar lá. Só que ele não estará na MotoE. Você entra neste cenário como o favorito da MotoE?
Granado: Quando eu começo o ano, eu volto tudo do zero. Ainda mais que este ano vai mudar completamente a nossa moto. Na MotoE, como eu sempre digo, o legal é que depende do piloto, porque as motos são exatamente iguais para todos os pilotos. E na Superbike é diferente a história, porque tem várias montadoras, vários fabricantes que estão lá trabalhando com motos bem diferentes.
Rádio Nacional: 2023 é o ano que o Brasil vai ter o inédito campeão mundial na motovelocidade?
Granado: Vou fazer o máximo para isso. Se Deus quiser, a gente vai brigar até o final para conseguir.