A Copa do Mundo de futebol é disputada desde 1930. Esse evento esportivo influenciou e foi influenciado pelos principais eventos históricos dos últimos 92 anos — e foi determinante para consolidar o futebol como o esporte mais popular do planeta.
Quem entende do assunto é o professor e historiador Airton de Farias, autor do livro “Uma História das Copas do Mundo”, lançado em dois volumes. O escritor explica que a competição está diretamente vinculada à política mundial porque nasceu entre as duas grandes guerras mundiais, como um evento onde a taça é disputada por nações.
A Seleção Brasileira, pentacampeã do mundo, não teve muita sorte nas primeiras edições da Copa. Em 1950, aqui no Brasil, o time perdeu a final para o Uruguai em um jogo que ficou conhecido como “Maracanazo”.
A nossa primeira taça veio somente em 1958, na Suécia. O Brasil venceu os donos da casa por 5 a 2. O destaque histórico apontado pelo professor Airton de Farias vai para os dois craques daquela partida.
As Copas do Mundo também registraram na História o nome de outro craque incontestável do futebol: o atacante Diego Maradona. O jogador brilhou na campanha vitoriosa da Argentina de 1986, justamente quando o país vizinho havia acabado de passar por uma ditadura sangrenta, e pela Guerra das Malvinas contra o Reino Unido.
Para o professor Airton de Farias, a Copa do Mundo sobreviveu e se consolidou ao longo desses 92 anos, em meio a tantos conflitos mundiais, porque se apresenta como um momento em que as nações podem se encontrar e vivenciar, juntas, as emoções proporcionadas pelo futebol.
Esta reportagem teve produção de Daniel Lima e sonoplastia de José Maria Pardal.