A Uefa precisa analisar “muito cuidadosamente” se as semifinais e a final da Eurocopa deveriam mesmo ser realizadas no Reino Unido, que está enfrentando uma disparada de infecções de covid-19, disse uma autoridade graduada da União Europeia nesta terça-feira (29).
O estádio de Wembley, em Londres, deve sediar as semifinais em 6 e 7 de julho e a final no dia 11 de julho com mais de 60 mil torcedores – 75% de sua capacidade – no momento em que a altamente transmissível variante Delta do novo coronavírus provoca um pico de infecções.
“Haverá muitas pessoas, e a ideia de um estádio cheio no momento [em que] estamos tão preocupados por a variante Delta estar tão presente por si só manda a mensagem de que a Uefa precisa analisar muito cuidadosamente”, disse o vice-presidente da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, em uma coletiva de imprensa.
Schinas, que supervisiona as políticas de saúde pública do bloco, disse haver uma “assimetria” a ser levada em conta, já que o Reino Unido está impondo restrições a viagens de seus cidadãos à UE enquanto se prepara para aceitar uma “presença maciça” de visitantes da mesma UE.
Todos os portadores de ingressos terão que ter ou um exame negativo de covid-19 ou prova de vacinação completa. Não ficou claro se o Reino Unido amenizará as restrições, na maioria dos casos uma exigência de dez dias de quarentena, aos torcedores visitantes.
“Acho que estas considerações objetivas deveriam fazer a Uefa analisar muito cuidadosamente a situação das semifinais e da final”, disse Schinas.