Roger Federer, considerado por muitos o maior jogador de tênis da história e que levou o esporte a novos níveis durante uma carreira de mais de duas décadas, anunciou que se aposentará após a Laver Cup, na próxima semana, em Londres.

O tenista de 41 anos, que ganhou 20 títulos de Grand Slam e redefiniu um esporte com sua arte e elegância, deu a notícia que os fãs de tênis de todo o mundo temiam em um longo comunicado nesta quinta-feira (15).

Uma lesão no joelho o afastou das quadras desde a derrota em Wimbledon no ano passado, embora muitos ainda acreditassem que ele poderia voltar para uma despedida em um grande torneio.

Mas ele disse que a idade finalmente chegou.

“Como muitos de vocês sabem, os últimos três anos me apresentaram desafios na forma de lesões e cirurgias”, disse Federer em uma declaração postada no Instagram. “Trabalhei duro para voltar à plena forma competitiva. Mas também conheço as capacidades e os limites do meu corpo, e sua mensagem para mim ultimamente tem sido clara. Tenho 41 anos.”

“Joguei mais de 1.500 partidas em 24 anos. O tênis me tratou com mais generosidade do que jamais sonhei, e agora preciso reconhecer quando é hora de encerrar minha carreira competitiva. A Laver Cup na próxima semana em Londres será meu último evento ATP. Eu jogarei mais tênis no futuro, é claro, mas não em Grand Slams ou no circuito”, completou.

Federer, que dominou o tênis masculino por vários anos depois de conquistar seu primeiro título de Grand Slam em Wimbledon em 2003, tem sofrido com lesões nos últimos anos.

Ele passou por três operações no joelho nos últimos dois anos e sua última partida oficial foi uma derrota nas quartas de final contra o polonês Hubert Hurkacz no torneio de Wimbledon de 2021.

Federer ofereceu alguma esperança para sua legião de fãs quando disse que planejava voltar ao circuito depois de se juntar ao rival e amigo de longa data Rafael Nadal para disputar duplas na Laver Cup, em Londres, na próxima semana.

Ele também planejava jogar o torneio indoor suíço em casa, na Basileia.

“Esta é uma decisão agridoce, porque sentirei falta de tudo o que o circuito me deu”, acrescentou Federer, que tem dois pares de gêmeos com a esposa Mirka. “Mas, ao mesmo tempo, há muito o que comemorar. Eu me considero uma das pessoas mais afortunadas da Terra. Recebi um talento especial para jogar tênis e fiz isso em um nível que nunca imaginei, por muito mais tempo do que jamais imaginei ser possível.”

Federer fez notar pela primeira vez seu talento especial quando derrotou o norte-americano Pete Sampras a caminho das quartas de final em Wimbledon em 2001.

Dois anos depois, ele superou Mark Philippoussis na quadra central de Wimbledon para começar sua coleção de Grand Slam.

Federer ganhou mais sete títulos de Wimbledon, conquistou cinco títulos do Aberto dos EUA, seis da Austrália e um único Aberto da França conquistado em 2009 para completar sua carreira no Slam.

Ele também detém o recorde de 237 semanas consecutivas como número um do mundo e a única ausência em seu brilhante currículo é uma medalha de ouro olímpica em simples, perdendo para Andy Murray na final de 2012.

Reportagem adicional de Shrivathsa Sridhar em Bengaluru (Índia)

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* Matéria atualizada às 12h13 para acréscimo de informações da Reuters