A final da Libertadores deste ano, entre Flamengo e Athletico Paranaense, reforça a recente supremacia brasileira na mais importante competição da América do Sul. Domínio que começou a se desenhar nos anos 90 e se consolidou no século 21.

Da primeira edição, em 1960, até 2000, foram 19 finais com times do país. Desde 2001, porém, o Brasil já esteve presente em 16 decisões – três a cada quatro. Em cinco delas, o confronto foi 100% verde e amarelo, como nas três últimas edições, contando com a atual. Para o executivo Claudio Pracownik, diretor da Win The Game, uma associação de empresas voltada a negócios do esporte, o cenário tende a se alargar.

Por falar em gestão, os finalistas da Libertadores têm se destacado. Há uma década, o Flamengo devia cerca de R$ 750 milhões. Hoje, com dívidas renegociadas e após temporadas de pouco investimento no futebol, o Rubro-Negro vai à terceira final de Libertadores em quatro anos, período no qual venceu a competição uma vez, foi bicampeão brasileiro e da Supercopa do Brasil e ainda levantou as taças da Recopa Sul-Americana e, há alguns dias, da Copa do Brasil. Dirigente do clube entre 2013 e 2018, Pracownik explica a mudança.

Já o Athletico se reestrutura desde meados dos anos 90. O Furacão construiu a Arena da Baixada e um CT, investiu na base e passou a brigar por títulos fora do Paraná com mais regularidade no século 21. Na primeira década, foi campeão brasileiro e vice da Libertadores. Na seguinte, levantou duas Copas Sul-Americanas e uma do Brasil, além de voltar à final continental. Para o executivo, tanto Athletico como Flamengo colhem os frutos de terem tido visão e perseverança.

Flamengo e Athletico decidem a Libertadores neste sábado (29), às 17h (horário de Brasília), em Guayaquil (Equador).