A Fórmula 1, controlada pela Liberty Media, acusou o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, de interferir em seus direitos comerciais ao questionar publicamente uma avaliação de US$ 20 bilhões (o equivalente a R$ 102,2 bilhões) do esporte.

Ben Sulayem, eleito em 2021 para o cargo máximo no órgão regulador da Fórmula 1, foi ao Twitter na segunda-feira (23) depois que a Bloomberg informou que o Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita explorou uma oferta por mais do que esse valor.

“Como guardiã do automobilismo, a FIA, como uma organização sem fins lucrativos, é cautelosa sobre os supostos preços inflacionados de US$20 bilhões colocados na F1”, disse Ben Sulayem em sua conta pessoal. “Qualquer comprador em potencial é aconselhado a usar o bom senso, considerar o bem maior do esporte e apresentar um plano claro e sustentável – não apenas muito dinheiro”.

Ele sugeriu que a FIA tem o dever de considerar o possível impacto negativo sobre os fãs e promotores, que podem ter que pagar mais.

Os comentários seguiram seu apoio este mês à oferta de Michael Andretti de entrar com a 11ª equipe no grid, uma mudança à qual a maioria das equipes existentes resiste por causa da diluição das receitas.

A repercussão também alimenta a sensação de surgimento de uma guerra territorial entre a entidade que comanda o esporte e o detentor de direitos comerciais, ansioso para desenvolver um campeonato em expansão e cada vez mais popular em novas direções.

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