A participação da quatro vezes campeã de Grand Slams Naomi Osaka em Wimbledon estava em dúvida nesta segunda-feira (23), depois que a japonesa disse que a decisão das autoridades do esporte de retirar os pontos do torneio reduziu sua motivação em jogar.

Na semana passada, Wimbledon teve seus pontos no ranking retirados pela ATP e pela WTA, em decorrência da decisão do torneio de excluir tenistas de Rússia e Belarus por causa da invasão russa da Ucrânia.

“Eu diria que a decisão está afetando minha mentalidade em atuar na grama, como se eu não tivesse 100% de certeza se vou lá”, disse Osaka em entrevista coletiva após sua derrota na primeira rodada no Aberto da França nesta segunda-feira (23). “Eu adoraria ir apenas para obter alguma experiência na quadra de grama, mas ao mesmo tempo, para mim, é tipo –não quero dizer sem sentido, sem trocadilhos, mas eu sou o tipo de jogadora que se motiva por… ver meu ranking subir.”

A decisão da ATP e da WTA foi recebida com “profunda decepção” pelo All England Lawn Tennis Club, que repetiu sua posição de que a proibição era a única opção viável sob a orientação do governo britânico.

A Federação Internacional de Tênis (ITF) também disse que não concederá pontos de classificação a Wimbledon este ano para eventos de tênis júnior e em cadeira de rodas.

A decisão do All England Lawn Tennis Club de impor o veto a jogadores russos e bielorrussos nos campeonatos deste ano é a primeira vez que atletas são excluídos por motivos de nacionalidade desde a era imediatamente pós-Segunda Guerra Mundial, quando jogadores alemães e japoneses foram banidos.

Reportagem adicional de Sudipto Ganguly, em Mumbai (Índia)

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