Torcedores lotaram a gelada avenida Champs-Elysées, em Paris, nesta quarta-feira (14), após a semifinal da Copa do Mundo entre França e Marrocos, que para milhões tocou o coração, com a vitória de 2 a 0 dos Azuis, que chegaram à final pela segunda vez consecutiva.
Profundamente enredados por seus laços coloniais e fluxos de mão de obra migrante do norte da África para a França no período pós-guerra, as duas nações compartilham uma história que moldou suas identidades e suas políticas, e criou um relacionamento por vezes tenso.
A França é o lar de uma grande comunidade marroquina, e muitos de seus membros possuem dupla cidadania.
“Preferimos chegar cedo porque vai ser um caos mais tarde. Só queremos comemorar nossa vitória e podemos sentir que vai ficar uma loucura”, disse a estudante Kerene Massuka, que veio com um amigo carregando uma bandeira francesa.
Os torcedores foram cercados por centenas de caminhões da polícia protegendo a área enquanto soltavam fogos de artifício.
Multidões de torcedores de ambos os países foram vistas entrando na avenida, toda decorada para o Natal, após o apito final, onde as autoridades esperavam dezenas de milhares pessoas, apesar de as temperaturas estarem próximo de zero grau Celsius.
As apostas eram altas em ambos os lados.
Marrocos tinha chances de se tornar a primeira nação africana a chegar a uma final de Copa do Mundo, mas a França está agora prestes a se tornar a primeira seleção a reter o título da Copa do Mundo após 60 anos no próximo domingo (18).
* Reportagem de Geert De Clercq, John Irish e Yonathan van der Voort.
* É proibida a reprodução deste conteúdo.