O volume do setor de serviços no Brasil caiu 0,6% em setembro na comparação com agosto, resultado que interrompe uma sequência de cinco meses de crescimento. Já em relação ao mesmo período do ano passado, houve avanço de 11,4%, a sétima taxa positiva consecutiva. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE.
O Instituto detalhou que mesmo com a queda registrada em setembro, o setor ainda ficou 3,7% acima do patamar pré-pandemia, observado em fevereiro do ano passado, mas ainda se encontra 8% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014.
Quatro das cinco atividades pesquisadas acompanharam o recuo na passagem de agosto para setembro, com destaque para os transportes, que registraram o resultado negativo mais intenso desde abril de 2020. O principal impacto, segundo o IBGE, foi a alta nos preços das passagens aéreas, nos transportes rodoviário e ferroviário de cargas.
O levantamento revela que a queda do setor de serviços se deu de maneira relativamente disseminada. Além dos transportes, houve recuo também no mês em análise dos segmentos de outros serviços/ informação e comunicação / e serviços profissionais, administrativos e complementares.
Com a sexta taxa positiva consecutiva, o setor de serviços prestados às famílias foi o único que manteve avanço na passagem de agosto para setembro.
Segundo a nova pesquisa, houve queda no volume de serviços em 20 das 27 unidades da federação. O maior impacto negativo veio de São Paulo, seguido por Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Goiás. Já Rio de Janeiro, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul foram destaques entre as principais altas.