Sem eles, seria difícil realizar a 24ª edição da Surdolimpíada de Verão em Caxias do Sul (RS), a primeira a ocorrer na América Latina. Presentes nos mais diversos ambientes – ginásios, campos, arenas, piscinas – 280 voluntários trabalham para que todos possam acompanhar os jogos. A principal missão deles é facilitar a comunicação. O grupo se divide entre surdos e ouvintes, ou seja, os que conseguem escutar, e os intérpretes de Libras e Gestuno (língua internacional de sinais). 

Os voluntários trabalham por escala e desempenham suas funções de acordo com a necessidade do evento, que reúne mais de 5 mil atletas representando 77 países, até o próximo domingo (15). Não é nada fácil. Na verdade, para quem vê de fora é bem cansativo. Mas não é empecilho para quem não abre mão de ajudar, mesmo que isso signifique uma jornada dupla.

Toríbio Malagodi, surdolimpíada, voluntário
Toríbio Malagodi, surdolimpíada, voluntário

“Se você me perguntar se eu escolheria vir para a Surdolimpíada como atleta ou voluntário, não conseguiria escolher, fiz os dois ao mesmo tempo”, disse Toríbio Malagodi, jogador de vôlei da seleção brasileira de surdos – Maurício Costa/Direitos Reservados

 

É o caso do jogador da seleção brasileira de vôlei, Toríbio Malagodi, que trabalhava na organização do evento quando deixava a quadra.

“Eu sempre quis ajudar como voluntário e, quando fui convocado, aceitei na hora. Se você me perguntar se eu escolheria vir para a Surdolimpíada como atleta ou voluntário, não conseguiria escolher, fiz os dois ao mesmo tempo”.

Vontade de vencer e também de ajudar, cabe aos atletas e a todos que estão envolvidos o agradecimento pela dedicação.