“Foi uma guerreira”, diz sobrinha da 12ª vítima de incêndio no Badim

A Polícia Civil faz nova perícia no prédio da unidade de saúde nesta terça-feira (17/09/2019) para identificar as causas das chamas

A 12ª vítima do incêndio que atingiu o Hospital Badim morreu nessa segunda-feira (16/09/2019). Yolandina Gaspar, 87 anos, tinha uma doença renal crônica e dependia de hemodiálise. Ela estava internada no CTI 2, no quinto andar da unidade, quando o fogo tomou conta do prédio. As informações são do jornal Extra.

De acordo com a família, a idosa foi retirada do hospital por volta das 22h, cerca de quatro horas depois do início do incêndio. Sobrinha da vítima, Solange Gaspar Pullig, 59, conta que Yolandina respirou grande quantidade de fumaça. “Tia Landina foi uma guerreira, aguentou quatro horas no escuro, respirando uma grande quantidade de fumaça. Ainda chegou lúcida ao Copa D’Or, para onde foi levada, mas logo precisou ser intubada para ter os pulmões ventilados e lavados”, relatou.

Yolandina estava internada no Badim por conta de uma inflamação no acesso que tinha no braço para a realização de hemodiálise. Ela passou por cirurgia no início do mês, seis dias antes do incêndio, e estava no CTI, aguardando alta. Para a sobrinha da idosa, o incêndio foi uma fatalidade. A família espera o laudo do IML para identificar a causa da morte.

“O fogo havia começado por volta das 18h e já eram 22h e não conseguíamos encontrá-la nem na creche que abriu as portas para os pacientes nem no Quinta D’Or. Foi então que uma enfermeira que trabalhava no quinto andar do Badim veio nos dizer que ela ainda estava lá em cima. Ficamos desesperados”, relatou Solange.

Ainda de acordo com a sobrinha, Yolandina foi a primeira paciente a ser retirada do quinto andar. Os médicos afirmaram que os pulmões da idosa estavam muito feridos, por conta da fumaça quente. “Saía um líquido muito preto, muita fuligem”, detalha a sobrinha. O enterro de Dona Yolandina será nesta terça-feira (17/09/219) no Cemitério de Inhaúma.