Em sua coluna no CB PODER, Ana Maria Campos e Ana Viriato falaram sobre o ultimato dado pelo pré-candidato ao governo do DF, Jofran Frejat. Em seu artigo, elas afirmam que as declarações recentes do ex-secretário de saúde do DF em governos anteriores “provocou um racha ainda mais forte” em seu grupo político e que o ex-deputado federal “aparece em primeiro lugar nas pesquisas de opinião que circulam nas mesas de negociações, à frente do governador Rodrigo Rollemberg.” Além disso, “ele é também considerado pelos próprios aliados do atual governo o nome mais difícil de ser enfrentado, entre todos que surgiram até o momento no páreo. Motivo: o recall da campanha de 2014 e a bagagem política.”
Ora, se o “velhinho” tem todo esse “currículo” por que tanta resistência dos outros aliados? Que interesses estão por trás de tudo isso? É importante lembrarmos qual era o discurso daqueles que também desejam a mesma posição do pré-candidato ao governo Jofran Frejat. Eles sempre disseram que: “o candidato que estivesse melhor nas pesquisas teria o apoio dos demais!”
Quais seriam as verdadeiras intenções dos também pré-candidatos ao governo do DF: Alberto Fraga, Alírio Neto, Izalci Lucas e Joe Valle? Já estamos a menos de 8 meses das eleições. A falta de organização da oposição beneficia apenas a situação. Não podemos nos perder no discurso de que o “atual governo não tem chances de eleição”. Porque até o momento, da forma que está, somente o governador Rodrigo Rollemberg tem condições de ir para o segundo turno.
Vamos imaginar que tenhamos 6 (seis) candidatos ao governo do DF. Neste cenário, onde 40% do eleitorado pode não ir as urnas, qualquer candidato com 300 (mil) votos poderá ter chances de ir para o segundo turno e tornar-se uma surpresa. Talvez seja esse o pensamento dos candidatos “solitários” que tentam se cacifar, mas será isso uma realidade se a maioria dos candidatos estiverem em uma mesma linha “ideológica”? Candidatos de um mesmo grupo divididos não irão apenas facilitar a vida do atual governador? Fica a reflexão. Quais dos atuais candidatos teriam condições reais de atingir 300 mil votos ou mais?
De volta a Jofran Frejat, acredito que ele esteja correto em marcar posição e em exigir o cumprimento dos acordos feitos. É justo também que ele decida quem será o seu vice e com que grupos ele decidirá caminhar, caso os acordos não sejam colocados em prática. Tamanho ele tem para isso e grupo também. Vamos avante, em busca de uma Brasília melhor.