Com a nomeação de Raul Jugmann para o comando do novo Ministério Extraordinário da Segurança Pública, o general Joaquim Silva e Luna se tornará, ainda que interinamente, o primeiro militar à frente da pasta da Defesa desde a criação dela, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1998.
O Ministério da Defesa era uma promessa de campanha de FHC. Seu anúncio se deu em 1997, em contexto no qual Brasil e Argentina disputavam a possibilidade de integrar o Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A pasta foi criada no ano seguinte, de forma extraordinária, em substituição aos ministérios da Aeronáutica, do Exército, da Marinha e do Estado Maior. Até agora, a Defesa havia sido comandada somente por civis.
Durante esses 20 anos, dez ministros chefiaram a pasta. Entre eles, o ex-governador da Bahia Jaques Wagner, o ex-chanceler Celso Amorim, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim e o ex-vice-presidente da República José Alencar.
Perfil
Natural de Barreiros (PE), o general, conforme perfil publicado no site do Ministério da Defesa, está no Exército desde 10 de fevereiro de 1969, quando ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Foi declarado aspirante a oficial de Engenharia em 16 de dezembro de 1972.
Durante a carreira, Silva e Luna comandou a 16ª Brigada de Infantaria de Selva, foi chefe de gabinete do comandante do Exército e chefe do Estado-Maior do Exército.
O general também participou da Missão Militar Brasileira de Instrução no Paraguai.
Silva e Luna é doutor em ciência militares e fez mestrado em operação militares. Também tem no currículo cursos de guerra na selva e de combate básico das forças de defesa de Israel.