Grupos se organizam em 25 cidades do DF para plantio de árvores do cerrado

O objetivo do movimento é plantar um milhão de mudas em um único dia

No Guará, o Parque dos Eucaliptos recebeu cerca de 300 mudas de espécies nativas

Distrito Federal amanheceu mais verde com milhares de brasilienses indo às ruas para plantar árvores. A Gincana Verde acontece neste domingo (8/12) e é uma iniciativa do projeto Tempo de Plantar, idealizado pelo administrador Paulo César Araújo, 54 anos.
Durante todo o dia, mudas de espécies nativas do cerrado serão plantadas em parques e áreas verdes de 25 regiões administrativas diferentes. “Ao longo dos anos, o Cerrado está sendo mais devastado do que a própria Amazônia. A gente precisa ter atitudes de restauração”, defende.
 
 
O objetivo do movimento é plantar um milhão de mudas em um único dia. “A Organização das Nações Unidas (ONU) decretou que esta é a década do reflorestamento. Os países assinaram metas e compromissos, mas isso não vai ser feito por decretos; tem que partir da vontade das pessoas.”
 
 
Em março, ele começou a acionar grupos de interessados e a comunidade para o grande mutirão de plantio neste domingo. Mas ele reforça: não basta plantar, é preciso cuidar. “O convite é que cada ser humano plante uma árvore por cada ano da vida,, para que ela deixe um legado na terra”, destaca.
 
 
No Guará, o Parque dos Eucaliptos recebeu cerca de 300 mudas de espécies nativas, como ipê, ingá, e buriti, em áreas alagadas. O grupo de escoteiros Hokma levou a criançada para colocar a mão na terra. O presidente da turma, Luiz Fernando Júnior, 43 anos, explica que é importante o contato com a natureza desde a infância.
 
 
“Para os escoteiros, nada mais interessante. Nós estamos sempre em ações de preservação ambiental. Esse parque, há 20 anos era outra coisa. Tinha um lago aqui dentro”, reforça.
 
 
Para alguns, o evento foi a oportunidade perfeita para experiências únicas. “Plantei uma aroeira e um pé de buriti. Eu nunca antes tinha feito isso, é um sonho realizado”, afirma o bibliotecário Wilton Fidelis, 47 anos. “Quem sabe, no futuro talvez eu possa ler um livro embaixo da aroeira, ou comer um doce de buriti da árvore que plantei.”
 
 
Informações do Jornal Correio Braziliense