Nos últimos dias resolvi “testar o sistema”, saber se ele é “impessoal”, “legal”, “moral”, dentre outros pontos. Ah, esqueci de dizer, também queria saber se os componentes do “sistema” são “leais”. A bíblia está repleta de homens de Deus que foram jogados na “cova”. José do Egito foi jogado em uma cova, depois foi vendido como escravo, morou na casa de Potifar, foi preso e depois tornou-se governador de todo Egito. Quem conhece a história sabe que José do Egito foi jogado em uma cova por contar seus “sonhos”, por revelar segredos que outros não se sentiam a vontade em saber.

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Outro que também foi jogado na “cova” foi Daniel. Homem fiel e temente a Deus. Fazia parte da alta cúpula do Governo e foi traído por pessoas que antes eram suas “aliadas”, companheiros de batalha, se trouxermos para os dias atuais, seriam companheiros de época de campanha. Daniel por manter seus valores e princípios foi jogado na cova dos leões. Assim como José do Egito também tornou-se um grande Governador. José foi para a “cova” por “falar demais”, ou seja, ele não tinha medo de falar sobre seus sonhos. Daniel foi para a “cova” por não abrir mão de suas posições, ou seja, de suas crenças. Perseguições são comuns para os cristãos.

Por que estou falando sobre estas histórias bíblicas? Porque chega aos meus ouvidos que a “corte” trama contra mim. Alguns “palacianos” não ficaram satisfeitos com meus últimos textos, um deles atrapalhou os planos de expansão “territorial” de algumas autoridades. Falar sobre a cultura patrimonialista, coronelismo, burocracia, dentre outros termos não “republicanos” pode soar como “crime de opinião” em nosso meio. Quem avalia, julga e condena, normalmente tenta manter a todo custo o “status quo” do sistema.

Meus textos incomodaram tanto que em pouco tempo “sindicâncias” andaram, convites foram feitos para comparecer aos setores de correição, coincidências como as que ocorreram no final de 2014 voltaram a ocorrer. Fui alertado por amigos que fui “encomendado”. Em todas as minhas defesas tenho reportado “perseguição” política. Todas as vezes que isso ocorre faço questão de postar aqui.

Após a Secretaria de Segurança Pública reconhecer, este ano, que policiais no passado foram tolhidos de seus direitos, foram minados e criminalizados até serem  expulsos, sinto-me a vontade para expor tal fato. É mais uma forma de me proteger, caso no futuro eu tenha que acionar órgãos internacionais, comissões de direitos humanos ou até o ministério público. Diariamente tenho informado meus advogados e amigos.