O fim de semana foi de desrespeito ao distanciamento social, à democracia e às instituições brasileiras. Manifestantes que se dizem bolsonaristas e anti-comunistas fizeram um ato contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o governador Ibaneis Rocha (MDB). Um dos envolvidos acabou sendo preso pela Polícia Civil do DF.

Após assinar um termo circunstanciado de ocorrência e prestar depoimento, Renan Silva Sena, de 57 anos, deixou a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos. Policiais civis o prenderam na tarde de ontem, depois de o identificarem como o ativista que aparece em vídeos distribuídos nas redes sociais xingando o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e proferindo ataques contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional.

O bolsonarista é o mesmo que, em maio, hostilizou e agrediu verbalmente enfermeiras que participavam de em um protesto pacífico e silencioso na Praça dos Três Poderes em homenagem aos profissionais de saúde que se arriscam no trabalho para salvar vidas de pacientes com covid-19.

O homem também é acusado de participar do ato em que manifestantes lançaram fogos de artifício em direção ao STF na noite de sábado.

A equipe do Correio flagrou o momento em que agentes da Polícia Civil chegaram em uma viatura descaracterizada e detiveram Renan, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG). O suspeito estava acompanhado de um grupo de bolsonaristas. No vídeo, o restante dos membros do movimento tenta impedir a ação da polícia. Um deles segurou a porta dianteira do veículo e foi arrastado.

Segundo a Polícia Civil, Renan responderá pelos crimes de calúnia, injúria e difamação. “O acusado, um homem de 57 anos, fez gravação provável na data de hoje (ontem) e realizado na Praça dos Três Poderes nesta capital Federal. O vídeo possui proferimento de injúria contra o governador do DF, além de proferir contra as instituições da República Federativa do Brasil (STF e o Congresso Nacional)”, diz a ocorrência.

Os policiais que realizaram a abordagem relataram, ainda, que uma mulher que conduzia o veículo em que Renan estava resistiu a uma ordem de parada e seguiu a viatura, inclusive “conduzindo na contramão e expondo outros condutores a risco”. Ao chegar no Complexo da Polícia Civil, a motorista se negou a sair do automóvel, acelerou e bateu contra uma viatura. “Ela insistia em não obedecer aos comandos, não colocando as mãos no volante, nem desligando o carro. Se recusou a sair do veículo, estava exaltada, resistiu fisicamente à abordagem sendo necessária a utilização de spray de pimenta por cautela da integridade física dela e dos policiais”, acrescenta o documento.

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Da redação do Policiamento Inteligente com informações do Jornal Correio Braziliense