O papa Francisco se recupera de uma infecção respiratória na Policlínica Gemelli, no chamado apartamento dos papas. A equipe de enfermagem está otimista com a possibilidade de ele receber alta antes das comemorações do Domingo de Ramos, em 2 de abril.
Os médicos “por enquanto” descartaram um quadro com problemas cardíacos e de pneumonia. Francisco apresenta infecção respiratória e precisará passar “alguns dias” no hospital para tratamento, informou o Vaticano em comunicado.
De acordo com o Vaticano, o papa permanece sereno e estável e encontra-se no mesmo local em que ficou quando, em 2021, foi internado para a cirurgia no cólon.
Os médicos continuam atentos à saturação de oxigênio no sangue de Francisco, que é monitorado permanentemente por meio de um equipamento fixado no quarto. A equipe médica também admite a possibilidade de fazer uma coronariografia por causa do risco de fibrilação arterial.
A Santa Sé continua a falar apenas de infecção respiratória, mas várias fontes garantem à RTP que o papa Francisco teve um episódio cardíaco, que pode ter provocado a insuficiência respiratória.
O papa sentiu-se mal após a audiência geral. Ele falou de uma pressão no peito, que provocou dificuldade de respirar.
Ontem, Francisco foi submetido, na Policlínica Gemelli, a uma tomografia computadorizada e outros exames que permitem a medição de alguns parâmetros importantes, a circulação de oxigênio e dióxido de carbono.
A saúde de Francisco, de 86 anos, tem recebido atenção crescente nos últimos dois anos, período em que passou por uma cirurgia de cólon e começou a usar cadeira de rodas ou bengala devido a dores crônicas no joelho.
O papa também tem diverticulite, problema que voltou e que ele mesmo revelou, em entrevista no fim do ano passado. Sobre os problemas articulares nos joelhos, o papa recusa-se a ser operado para evitar as dificuldades do pós-operatório que sofreu quando foi submetido a cirurgia no cólon.
Em entrevista a um canal espanhol, Francisco admitiu renunciar caso não se sinta capaz de continuar o pontificado em sua plenitude. Disse ainda que já escreveu uma carta de renúncia para o caso de ficar incapacitado.
Questionado pela televisão ítalo-suíça RSI, em entrevista transmitida em 12 de março, sobre a condição que o levaria a desistir, Francisco respondeu: “Um cansaço que não deixa ver as coisas com clareza. Falta de clareza, de saber avaliar as situações”.
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*Com informações da RTP – Rádio e Televisão de Portugal