Pela primeira vez na história italiana, jovens de 18 a 24 anos terão plenos direitos de voto nas eleições nacionais de 25 de setembro, o que significa que a voz da juventude deve contar mais do que nunca.
Acabando com uma anomalia de longa data, a idade mínima de votação para o Senado foi reduzida de 25 para 18 anos, alinhando-a com a da Câmara dos Deputados. As duas Casas do Parlamento têm poderes iguais.
A mudança nas regras afeta 4,1 milhões de pessoas, de um eleitorado total de 51,4 milhões, e embora os pesquisadores digam que um número considerável pode se abster, os políticos não estão sendo tímidos em suas tentativas de conquistar os corações e mentes dos novos eleitores.
Uma pesquisa divulgada em agosto pelo instituto SWG estimou a taxa potencial de abstenção entre os eleitores mais jovens entre 34% e 38%, relatando que 43% deles acreditam que votar “não tem sentido” porque os políticos “fazem o que querem” uma vez eleitos.
Mas isso não impediu que os partidos visassem especificamente os eleitores de primeira viagem.
Todos os manifestos incluem promessas generosas dirigidas a jovens com dificuldades de trabalho ou estudos, incluindo ajuda com tarifas universitárias, custos de hipotecas e aluguéis, a introdução de um salário mínimo e a proibição de estágios não remunerados.
O Partido Democrata (PD), de centro-esquerda, também está prometendo um “dote” de 10 mil euros para jovens de 18 anos de famílias de baixa renda e está enviando mensagens fortes sobre mudanças climáticas, aborto e direitos LGBTI.
Pesquisas sugerem que essas são as principais preocupações entre os jovens eleitores.
A pesquisa do SWG em agosto mostrou que o PD é o partido mais popular na faixa etária de 18 a 24 anos, com 19% de apoio, em comparação com 17% para o Irmãos da Itália, de direita, e o Movimento 5 Estrelas (M5S).
*É proibida a reprodução deste conteúdo