Sem oportunidades geradas de forma constante e consistente, a carreira profissional pode ser interrompida a qualquer momento. Uma demissão inesperada, a fusão da empresa com o concorrente ou uma nova tecnologia podem destruir carreiras até então muito bem fundamentadas. Além disso, os ciclos econômicos estão cada vez mais velozes e complexos. Por mais que a pessoa tente acompanhá-los e compreender como influenciam sua vida, seu tempo é escasso e preenchido com compromissos de seu cargo atual. Como resultado, o indivíduo tem alta dose de incerteza quanto ao futuro de sua carreira.
Essa situação é agravada, porque muitas pessoas relutam em fazer o networking e possuem todo tipo de restrições sobre o tema. Elas o consideram inconveniente, obscuro, feito puramente por interesse, e não sabem como desenvolvê-lo, somente para mencionar algumas razões que usam para evitá-lo.
Pensar em networking na emergência, não funciona
Mas o fato é que o networking é aquilo de que a pessoa sente falta quando fica desempregada. Para quem ligar quando precisar de uma indicação para uma vaga de emprego? Não é nada fácil montar uma rede de relacionamentos relevantes no momento em que precisar dela. O indivíduo tem de se preocupar com isso antes. Ocorre que, em geral, quando está empregado, fica 100% do tempo ocupado com as questões da empresa e esquece-se de si mesmo, da carreira e do próprio futuro. Aí, vem uma crise e toda a sua dedicação é inútil, se a empresa em que trabalha vai à falência, funde-se com outra ou enfrenta dificuldades que a obriga reduzir seus quadros.
Quem indicou seu médico?
Todos nós precisamos de alguém que nos indique, nos recomende. O seu médico provavelmente foi indicado por alguém que você conhece e respeita. O profissional também precisa ser indicado e referenciado em sua área de atuação.
Fazer networking nada mais é do que conhecer amigos. Você deve estar acostumado com amigos que gastam dinheiro com você; o networking é construir amizade com pessoas que se interessem por sua carreira e gostariam de contribuir para o seu desenvolvimento. Por isso, tenha os dois tipos de amigo. No fundo, trata-se de uma amizade.
Qual a sua colaboração para sua rede?
Se desejar construir essa rede, primeiro precisa descobrir como pode colaborar com as pessoas e fazer isso continuamente. Segundo, procurar aquelas que tenham a mesma ética, os mesmos valores e princípios que os seus. Se possível, os mesmos hobbies que os seus, pois assim terá muita satisfação ao encontrá-las, e os assuntos serão comuns e interessantes para ambos. E, terceiro, fazer uma agenda consistente para comunicar-se com essas pessoas. Inicialmente, pode ser via redes sociais e, depois, pessoalmente.
A amizade desempenha um papel mais relevante na construção de carreiras, empreendimentos e organizações do que as pessoas imaginam. Grandes empresas e países foram construídos a partir delas. Sua carreira também pode ser. Mas, não espere ter problemas para descobrir que pessoas são relevantes para você e seu sucesso. Desenvolva sua rede com propósitos elevados de construção, colaboração, compartilhamento e, principalmente, aprendizado. Faça-o já e sempre.
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Texto publicado originalmente no Jornal O Globo
Fonte: http://www.silviocelestino.com.br/profiles/blogs/4718509:BlogPost:11505
Networking é aquilo que você sente falta quando está desempregado
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