É fato que a população do Brasil se sente insegura, é fato que a polícia não pode ser “onipresente”, a falta de efetivo é uma das maiores queixas das corporações policiais, além é claro, da questão salarial. Se comparados aos servidores da saúde, durante muito tempo as corporações policiais atuaram como “médicos clínicos”, mas atualmente as “doenças sociais” exigem cada vez mais tratamento “especializado”.  O diagnóstico da “doença” torna-se cada vez mais necessário, tal “diagnóstico” é feito por meio da “análise criminal”. Ao descobrir o local da doença e seus sintomas a polícia começa a agir de maneira mais eficiente, eficaz e efetiva.

Homícidios DF comparativo
Fonte: Secretaria de Segurança Pública do DF – Viva Brasília

O principal objetivo das polícias é proteger a vida, depois o patrimônio, aos poucos, em alguns estados, estamos começando a proteger os direitos individuais dos cidadãos, com isso estamos começando a conquistar a confiança das comunidades, a polícia começa a ser vista de outra forma.

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A polícia não pode ser onipresente, muito menos onipotente, por isso de todos os tipos penais existentes, alguns tornam-se os mais importantes, pois são aqueles que mais agridem a sociedade. O homicídio, o latrocínio e a lesão corporal seguida de morte tornou-se o alvo de redução de todos os governos. Precisamos evitar que o ser humano se autodestrua.  No DF as pessoas ainda matam por “besteira”. As mortes tem dia, horário e local para ocorrer. Muitas vezes elas estão concentradas em cinco cidades do DF.

Homícidios no DF
Fonte: Secretaria de Segurança Pública do DF – Viva Brasília

Além do homicídios os crimes contra o patrimônio, o tráfico de drogas, o porte ilegal de armas e os estupros chamam a atenção. Para quem não sabe, no roubo emprega-se o uso da violência. O roubo a transeunte é o mais comum. As ruas tornam-se um lugar perigoso. O trajeto para casa ou para o trabalho torna-se algo que exige cuidado. O medo toma conta do cidadão.

Crimes contra o patrimônio
Fonte: Secretaria de Segurança Pública do DF – Viva Brasília

Quando o cidadão não é roubado transitando pela cidade, é roubado quando está no ônibus. Foram 2147 (dois mil cento e quarenta e sete) roubos a transporte coletivo de janeiro a novembro de 2014 e 2144 (dois mil cento e quarenta e quatro) no mesmo período em 2015.

Se andar a pé e de ônibus não é bom negócio no DF, ir de carro para o trabalho ou a faculdade também pode custar caro. Foram 6651 (seis mil seiscentos e cinquenta e um) roubos a veículos em 2014, de janeiro a novembro, e 4401 (quatro mil e quatrocentos e um), no mesmo período de 2015, além de 14.805 (quatorze mil, oitocentos e cinco) furtos em veículos em 2014, de janeiro a novembro, e 10.364 (dez mil, trezentos e sessenta e quatro) no ano de 2015 no mesmo período.

No comércio foram 3570 (três mil quinhentos e setenta) roubos ao comércio de janeiro a novembro de 2014, contra 2407 (dois quatrocentos e sete) roubos de janeiro a novembro de 2015.  Pelo menos nos último ano houve redução a roubo de transeunte, roubo de veículo, roubo em comércio e furto em veículos. Ainda há esperança.

Principais crimes no DF
Fonte: Secretaria de Segurança Pública do DF – Viva Brasília

O último gráfico mostra que as tentativas de homicídio reduziram no DF no último ano em comparação com 2014. Os estupros também diminuíram, já os roubos a residência aumentaram. A polícia passou a focar no tráfico de drogas e a prender mais usuários, além de concentrar forças em retirar armas das ruas. No geral, foi um ano produtivo para a segurança pública.

Aderivaldo Cardoso – Especialista em Segurança Pública e Cidadania, autor do Livro: Policiamento Inteligente – Uma análise dos Postos Comunitários no DF e Coordenador do Movimento Policiamento Inteligente no DF, que tem por objetivo a busca da eficiência, eficácia e efetividade das ações policiais.