Número de contratações de servidores públicos é o menor em 12 anos

Os dados fazem parte de um levantamento do Metrópoles, com base em dados do Painel de Estatística de Pessoal (PEP)

O número de servidores federais contratados no governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) é o menor desde 2007. Nos oito primeiros meses do ano, o funcionalismo público incorporou 40.541 pessoas. Há 12 anos, foram 31.196. Os dados fazem parte de um levantamento do Metrópoles, com base em dados do Painel de Estatística de Pessoal (PEP), plataforma do Ministério da Economia.

A tendência de menos contratações é uma das políticas de austeridade do governo para reduzir gastos e “desinchar” a máquina pública. A equipe do ministro Paulo Guedes, por exemplo, já descartou novos concursos em 2020.

A desaceleração tem ocorrido desde 2017, primeiro ano da gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB). Na época, 60.560 servidores foram incorporados aos quadros do governo federal, entre ministérios e autarquias. Em 2018, o índice caiu quase 6%, quando foram admitidos pouco mais de 57 mil pessoas. Em 2017, foram 60.560.

As admissões de 2019 estão concentradas nos ministérios da Educação, chefiado por Abraham Weintraub, e Saúde, liderado por Luiz Henrique Mandetta. Eles contrataram 19,2 mil e 14,8 mil servidores, respectivamente. Juntas, as pastas centralizam quase 84% das contratações.

A lista é composta, ainda, pelos ministérios da Economia (3 mil), do Meio Ambiente (1,9 mil), da Cidadania (566), da Agropecuária, Pecuária e Abastecimento (324) e do Desenvolvimento Regional (160).

No período, 17% das contratações foram para o Distrito Federal. A capital recebeu 7.029 servidores. As pastas mais contempladas foram as da Saúde (4,8 mil), da Educação (584) e da Economia (405).

Para o secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, o funcionalismo público está prestes a entrar em um “apagão geral”. “De forma premeditada, os gestores atuais fazem isso com a finalidade de continuarem com as suas metas de colocarem a população contra os servidores e serviços públicos, sempre com as retóricas de que os servidores e serviços públicos são ineficientes”, critica.

Informações do Portal Metrópoles