Ricardo Nunes (MDB) conquistou a reeleição para a Prefeitura de São Paulo neste domingo (27/10), vencendo Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno com 59,35% dos votos, enquanto o adversário obteve 40,65%, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essa vitória faz de Nunes o terceiro prefeito da história paulistana a garantir um segundo mandato consecutivo, um feito antes alcançado apenas por Gilberto Kassab (PSD) e Bruno Covas (PSDB).
A reeleição de Nunes é vista como uma vitória significativa para o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que desempenhou um papel ativo na campanha do emedebista, especialmente após um início de disputa acirrada com o influenciador Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno. Embora o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tenha apoiado a chapa indicando o vice, Coronel Mello Araújo, sua participação foi limitada, refletindo um apoio moderado. Tarcísio, por outro lado, teve atuação constante, reunindo apoio de diferentes setores e organizando eventos para fortalecer a candidatura de Nunes.
Durante a campanha, o prefeito destacou algumas das realizações de sua gestão, como a eliminação da fila por vagas em creches, a construção de 10 novos hospitais, o recapeamento de mais de 4 mil quilômetros de vias e a implementação de câmeras de segurança pela cidade. Em seu novo mandato, Nunes promete continuar focado em questões de segurança, aumentar o efetivo da Guarda-Civil Municipal, expandir o ensino integral, oferecer transporte gratuito para mães de crianças em creches e entregar 70 mil novas moradias.
A campanha de Nunes se apoiou em uma coligação ampla que abarcou 12 partidos, o que lhe garantiu um vasto tempo de exposição na propaganda eleitoral. Em contrapartida, Boulos, apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enfrentou dificuldades para ampliar seu alcance, mantendo-se majoritariamente dentro de seu eleitorado tradicional de esquerda e enfrentando um índice de rejeição elevado.
A disputa foi marcada por trocas de acusações e tensão entre as campanhas, com episódios que incluiu agressões e embates acalorados, refletindo a polarização eleitoral na capital paulista.