Meu CFSD foi em 2002. Quando saí do curso fui lotado no 1º BPM e lá tive o prazer de conhecer e trabalhar com algumas pessoas que realmente fizeram valer aqueles 5 anos como Humberto Bernardo Valli Nahum WanderleyEuclides AlencastroDa Costa, Vespa, Clayton e Brant. Mas tem um dia do qual nao me esqueço nunca. Em abril de 2003 Eu e o Valli Nahum no PO da 508 sul ja escuro, por volta das 19h, naquele passo que só um POzeiro conhece, próximos ao centro cultural Renato Russo vi quatro motos se aproximando e parando logo à frente. Percebi que eram da Polícia mas eram diferentes, não eram as CB 500 do BPTran, nem as XLR 125 do ostensivo. Eram pretas! NX4 400 Falcon, tava escrito BOPE nelas e tinha um cara na garupa… todo mundo de preto… eu olhei… pensei: que parada é essa? falaram comigo, zuaram minha boina PRADA de recruta que parecia uma pizza… rsrs. nao lembro qual foi o assunto, só sei que foram poucos minutos… a imagem daquela equipe nunca saiu da minha mente… o nome do grupo? nao sabia… sabia só que eram do BOPE. Nunca pensei que eu pudesse um dia vestir aquela farda e mais ainda, ser parte de uma equipe daquelas… eu nao tinha experiencia em moto nem sabia o que era patrulhamento tático.
No mesmo ano, um mes depois fiz meu primeiro estagio de motopatrulhamento e comecei a trabalhar nessa especialidade. muito raramente via aqueles pretorianos e quando via era com seus farois apagados, patrulhando onde ninguem conseguia passar… só eles… e com um cara na garupa! “esse cara deve tocar muito! passar por ali com aquele outro na garupa…! impossivel!”
Nunca mais trabalhei em outra área na PMDF, ate que em 2007, ja no 2º BPM pude fazer o curso de motociclista policial militar. aquilo ali era o tudo o que eu queria nao precisava mais de nada… era o topo da minha especialização. ERA!
Logo que terminou o curso abriu um tal de CTAM – BOPE. “eu sei lá o que é isso?” – “é o curso do GTAM cara!” me respondeu o 24. “- aquele grupo de motos do PATAMO, la do BOPE. eu vou, vamos?” eu ate que achei interessante, mas tinha outras prioridades, estava me formando e nao dava. Quando do II CTAM eu nao quis tentar! “ah nao da! nao tenho preparo físico pra aquilo la nao! to sabendo que é ralado! vo nada!”
Um tempo depois, acho que em 2010 encontrei Da Costa e Clayton em algum evento no Burutinga… “que ces tao fazendo aí?” me falaram do GTAM e do curso, do patrulhamento e da doutrina” lembrei na hora daqueles que eu tinha visto em 2003 na W3. “então eu posso ser um desses?” “-se voce merecer… claro que pode! é so pagar o teu preço!” daquele dia em diante nao sosseguei mais! “eu vou vestir aquela farda, vou patrulhar naquela equipe!” aquilo me corroía! tanto que enchi o saco do meu comandante no 2º e em março de 2011 ele me apresentou no BOPE! eu ia pro GTAM!

Mas quando cheguei la descobri que aquilo la nao era so vestir uma farda preta embarcar e sair patrulhando, nao mesmo! hahaha, eu nao andava nem perto deles… eu nao tinha condição de patrulhar com o GTAM… nem em velociadade nem em tecnica e tatica policial! em poucos dias descobri que aquilo la nao era pra qualquer um! nao era só passear de moto preta. e de atirador? pior ainda! como vou atirar embarcado-em movimento- se nao sou habilitado pra isso?… meus dias estavam contados no GTAM!
Maaaaaaass… abriram inscrições para o curso! III CTAM! botei meu nome la! me preparei fisicamente e BANQUEI O CURSO! 10 semanas, algumas lesoes no joelho no tornozelo e no cotovelo, noites sem dormir e 11kg mais magro depois eu estava formado e agora com minhas asas cravadas no peito! eu era entao, como diz o Snake, o CAVALEIRO GTAM 72! o único cavaleiro de aço com essa numérica. nunca mais existirá outro!
Um ano se passou desde entao. agora em 2012 tive a honra de, junto com o GTAM formar mais 14 cavaleiros de aço no IV CTAM ministrando instruções de direitos humanos, pilotagem em ambiente rural e tiro embarcado, alem de ter feito parte da coordenação do curso junto ao comandante do GTAM Luiz Antonio Pires o Cavaleiro de Aço 33.
Hoje estou me despedindo do GTAM. Por necessidades pessoais, para cuidar da minha família, volto para o 2º Batalhao, na certeza de que foi a melhor unidade onde servi, onde fiz grandes amigos e irmãos! o tempo foi muito curto, mas isso nao faz da experiencia menor do que as outras. Se vou voltar um dia nao sei. a vontade é enorme e espero de verdade que aconteça!
Obrigado por tudo meus amigos e me aguardem! I’LL BE BACK!
PARA SEMPRE GTAM!
Timóteo Pontes