Matar juízes, promotores e policiais é uma afronta ao Estado Democrático de Direito, é uma afronta a própria lei, uma afronta a própria justiça. Homicídio e latrocínio contra tais profissionais devem ser considerados “CRIMES HEDIONDOS”! Afrontar os guardiões da lei é afrontar o próprio ESTADO! Assim iniciei um texto no dia 04 de setembro de 2012. Minha indignação era tão grande que propus um movimento nacional em defesa da família policial. Propus um movimento nacional para tornar crime hediondo os ataques contra os agentes do Estado. Várias assinaturas foram colhidas de lá para cá, mas policiais continuam morrendo no mundo, no Brasil e no DF.

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Ontem vi algo interessante. Inicialmente quando falavam da morte do Agente Penitenciário Honda, morto em Taguatinga durante um assalto, achava-se que era um “policial civil”. Todos pediram apoio e mostravam-se indignados em algumas redes sociais, já estavam falando em ato de repúdio contra a morte de policiais. Após descobrirem que era um “agente penitenciário”, alguns mudaram o tom. No DF,  recentemente perdemos o Agente PCDF Flávio, o Sgt do Bombeiro Francisco de Sousa, o CB PMDF Fernando Machado, o Agente Penitenciário GO Juveci Ferreira, o SD Lucena CIPM de Goiânia, Agente Penitenciário Honda, o Sargento BMDF Barros, Tenente Adail e o Agente Socioeducativo DF Igor, para mim, todos companheiros. Todos policiais! Todos dignos de respeito e admiração! Todos vítimas da violência urbana!

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As vezes somos manipulados pela mídia, ou tentamos manipulá-la. Queremos punir governos e a sociedade por não nos darem aquilo que desejamos. Quem acaba pagando o preço do aumento da criminalidade? Quem paga o preço do aumento dos vagabundos e das armas nas ruas? Quem fica vulnerável a tudo isso? Nós mesmos e nossas famílias pagam o preço de nossa omissão. Precisamos fazer um pacto pela vida. Um pacto pela segurança, onde não aceitaremos mais a morte de policiais. Para cada policial morto, dez bandidos serão presos e retirados das ruas.

Precisamos criar essa cultura em nosso meio, matar um policial é um atentado contra toda a sociedade. Matar um policial ou um bombeiro tem que ser visto como algo “hediondo” no sentido real da palavra: Feio, horroroso, asqueroso, sórdido, imundo, horrível, horrendo, repugnante, disforme, nojento, ou seja, algo inaceitável em nosso meio. A morte de policiais não pode ser visto como algo normal em nosso meio. Para os puritanos estou falando morte de policial em razão da profissão seja em serviço ou não, pelo simples fato de ser reconhecido como policial. Policial não poder andar fardado ou com sua carteira de identificação é uma aberração dentro do Estado.

Por: Aderivaldo Cardoso