PCDF: gangue que aterrorizava região do DF matou mais de 40 pessoas

Com a investigação da 31ª Delegacia de Polícia, a corporação conseguiu desarticular o último grupo que ainda estava organizado em Planaltina

RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

Uma gangue que cometia crimes em Planaltina é alvo de megaoperação da Polícia Civil na manhã desta terça-feira (13/3). Cerca de 120 policiais cumprem 23 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão. Com a investigação da 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina), a corporação conseguiu desarticular o último grupo ainda organizado na Região Administrativa. Os suspeitos que entraram na mira da Operação Ares seriam responsáveis por mais de 40 homicídios, segundo a PCDF.
Desde 2009, a população local sofre com a criminalidade decorrente das guerras de gangues. Para adquirir renda, os criminosos atuavam com o tráfico de drogas, roubos e latrocínios. A rivalidade entre os criminosos também resultava em uma série de assassinatos motivados por acerto de contas.

Seis dos alvos investigados cumprem pena no Complexo Penitenciário da Papuda. “Punir esses criminosos que já estão presos é muito importante. Eles ficam ainda mais longe de conseguir voltar para as ruas”, disse o delegado-chefe da 31ª DP, Pedro Luís de Moraes.

“Essas gangues são ousadas e, infelizmente, acabam se tornando exemplo para algumas crianças aqui da região. Publicam fotos com armas e carros, ostentam um suposto poder. Mas a polícia está aqui para mostrar que o crime não compensa. Não vamos permitir que essas associações criminosas continuem atuando”, completou o delegado. Até as 10h, 11 suspeitos maiores de idade já haviam sido presos preventivamente e um adolescente apreendido.
Mapa do crime
Em 2016, os investigadores da 31ª DP mapearam os territórios ocupados pelas gangues, verificaram o nível de organização dos criminosos e descobriram as engrenagens que movimentam a máquina criminosa das quadrilhas de Planaltina.
De acordo com as apurações, três gangues — a Pombal, a Pé de Rôdo (Arapoanga) e a da área Buritis IV — juntaram-se e formaram uma só. A facção deu origem a um grupo criminoso chamado Crime, Morte e Maldição (CMM). O bando faz questão de deixar a marca nos muros das quadras que dividem os territórios.
A CMM é inimiga da gangue do bairro Jardim Roriz, que se uniu a outras facções do Arapoanga, como as quadrilhas do Triunfo, Bola 10, Morrinho e Dona América. Em setembro de 2017, a delegacia mirou na CMM e cumpriu 37 mandados de prisão e 32 de busca e apreensão no âmbito da Operação TEC- 9.
O alvo agora é o grupo originário do Jardim Roriz, batizado de Agreste. Os suspeitos têm passagens por homicídio, assalto, roubo e furto. Dinheiro e porções de drogas foram apreendidos na operação.
Fonte: Portal Metrópoles