O presidente Temer trocou o comando da Polícia Federal. Sai Leandro Daiello e entra Fernando Segóvia. Uma escolha pessoal do presidente que optou em não seguir, como ocorreu na escolha do Procurador Geral do Ministério Público, listas feitas pela corporação. Assim como, optou em não aceitar a sugestão do atual diretor e do Ministro da Justiça, Torquato Jardim, envolvido em comentários envolvendo a relação política de comandantes da PMRJ com políticos e o crime organizado.
O novo diretor-geral da Polícia Federal assume o cargo com o desafio de manter o andamento da Operação Lava-Jato. Sua missão é unificar a corporação. Ele é graduado em direito pela Universidade de Brasília (UNB) e ingressou na Polícia Federal em 1995. O delegado atuou no serviço de inteligência da corporação, que investiga os crimes que ocorrem, principalmente, nas fronteiras brasileiras. Com larga experiência no combate ao narcotráfico e na atuação contra organizações criminosas, assumiu a superintendência da PF no Maranhão, o que fez alguns atribuírem sua nomeação ao ex-presidente José Sarney, homem forte do PMDB,. Além disso, já foi adido do Brasil na África do Sul. Um jovem policial, mas com um currículo extenso.
Aparentemente, o novo diretor-geral tem muita base e sustentação política. Em nota a Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal (ADPF) disse: “A associação deseja sorte e sucesso ao novo diretor, Fernando Segóvia, servidor com mais de duas décadas dedicadas à Polícia Federal.”
Já a Federação Nacional dos Policiais Federais, por meio de seu vice-presidente, Flávio Werneck, escrivão de polícia, disse: “os policiais federais foram pegos de surpresa com a decisão de mudar o comando da PF. Mas a escolha do novo diretor está em conformidade com as regras.”
Desejamos sucesso ao novo diretor-geral e que ele possa manter a autonomia nas investigações em curso. Toda sociedade estará com os olhos voltados para a PF, que até o momento tem feito um excelente trabalho para o país.
Polícia Federal tem novo diretor-geral, Fernando Segóvia
A sociedade teme um retrocesso das investigações da Lava-Jato