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A equipe econômica reduziu para a zero a previsão para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, após a pandemia de coronavírus. O Congresso Nacional promulgou nesta sexta-feira (20) decreto legislativo em que reconhece estado de calamidade pública devido aos reflexos do Covid-19 nas contas públicas.

O Ministério da Economia divulgou nesta tarde uma revisão das perspectivas para o PIB, a soma dos bens e serviços produzidos ao longo de um ano. No início de março, a previsão de crescimento da economia já havia sido reduzida de 2,4% para 2,1%. Os casos e as mortes decorrentes do coronavírus pioraram a situação.

“Ainda não há muitos dados que permitem precisar o impacto da nova pandemia no crescimento”, disse a Secretaria de Política Econômica, do Ministério da Economia. “Os choques pelos quais a economia brasileira está passando são em sua maioria transitórios, o que permitirá uma retomada a partir do segundo semestre.”

Orçamento
Divulgado pelo Ministério da Economia também nesta tarde, o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas em janeiro e fevereiro previa inicialmente que o governo teria de contingenciar (bloquear) R$ 37,553 bilhões em despesas discricionárias (de livre execução) no Orçamento de 2020.

Isso não foi necessário porque o estado de calamidade pública, aprovado pelo Congresso a pedido do presidente Jair Bolsonaro, suspende o cumprimento da meta fiscal neste ano, de déficit primário de R$ 124,1 bilhões. Esse resultado considera receitas menos despesas sem o pagamento dos juros da dívida. Desde 2014, as contas públicas estão no vermelho.

Reportagem – Ralph Machado
Edição – Wilson Silveira
Com informações da Agência Brasil