O Ministério das Relações Exteriores (MRE) comemorou na noite de sábado (12) a eleição do norte-americano Mauricio Claver-Carone para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Carone é o primeiro cidadão dos Estados Unidos a liderar a instituição em seus 61 anos, tendo sido uma indicação do presidente Donald Trump que recebeu o apoio do governo brasileiro. Assessor sênior do presidente dos EUA, Claver-Carone assumirá o cargo a partir do dia 1º de outubro e deve cumprir um mandato de cinco anos à frente da instituição. 

“Apoiada pelo governo brasileiro, a eleição de Mauricio Claver-Carone representa uma proposta de gestão pragmática, transparente, eficiente e associada a valores comuns e fundamentais às Américas, como democracia, liberdade econômica, desenvolvimento sustentável e Estado de Direito. Nesse espírito, o Brasil acredita que o BID terá papel ainda maior para alavancar os recursos necessários para apoiar a recuperação econômica da região, principalmente por meio de investimentos do setor privado e em infraestrutura”, afirmou o Itamaraty, em nota oficial.

BID

O banco, com sede em Washington, foi fundado em 1959 com o propósito de financiar projetos de desenvolvimento econômico, social e institucional e promover a integração comercial na área da América Latina e o Caribe. Desde então, sempre teve como presidente um cidadão de naturalidade latino-americana, incluindo o atual, o colombiano Luis Alberto Moreno, à frente da instituição desde 2005. Ao todo, o BID é composto por 48 países-membros, que incluem as nações latino-americanas e da região do Caribe, além de EUA, Canadá, União Europeia, Japão, China, Coreia do Sul e Reino Unido. 

Os EUA têm o maior peso nas decisões do banco, com 30% do poder de voto, seguido por Brasil (11,3%), Argentina (11,3%), México (7,2%), Japão (5%), Canadá (4%) Venezuela (3,4%), Colômbia (3,1%) e Chile (3,1%). Os demais países, juntos, somam cerca de 21,2% dos votos. Na eleição deste sábado, Maurício Claver-Carone foi eleito com 30 votos a favor e 16 abstenções. O norte-americano obteve o apoio de 66,8% do capital votante. Na América do Sul, além do Brasil, apoiaram a candidatura de Carone os governos do Paraguai, Peru, Colômbia e Bolívia, entre outros.