Nesta segunda-feira (13), o ministro da Justiça Sérgio Moro informou que três presos foram infectados pelo novo coronavírus. Ainda de acordo com a autoridade, a verificação tardia pode ter resultado na propagação do vírus para outros 20 presos.
“Infelizmente tivemos desde a última semana três casos confirmados: um no Pará, até um preso que saiu em saída temporária e, em retornando, apresentou sintomas. Foi colocado em prisão domiciliar em seguida. Um preso no Ceará e um preso no Distrito Federal. Esse preso no Distrito Federal, infelizmente, pela identificação tardia, é possível que ele tenha infectado 20 presos”, afirmou o ministro.
Em sua fala, Moro reforçou a proteção da população carcerária por meio do isolamento, impedindo visitas aos detentos e saídas temporárias. Mesmo com o risco de motins e rebeliões por conta da medida, o ministro verificou uma “compreensão” por parte dos presos.
Entre as recomendações de Moro está a criação de um espaço carcerário específico para os presos recém chegados nas unidades, permaneçam em um período de quarentena ao chegar ao sistema.
O ministro ainda ponderou que juízes avaliem a possibilidade de conceder liberdade a alguns presos para evitar a propagação do vírus.
“Eu acho uma recomendação válida”, disse o ministro, que ressaltou que se trata de uma recomendação e não uma obrigação. “A recomendação não obriga o juiz a fazê-la e não deve colocar presos perigosos em liberdade”.
Sérgio Moro descartou uma testagem massiva dos detentos para detectar possíveis casos e assim evitar a propagação do vírus nas penitenciárias. O ministro afirmou que a prioridade será dada para os agentes de segurança, entre eles os policiais do sistema penal.
O ministro também informou que sua pasta está adquirindo o equipamento de proteção individual (EPI), que serão destinados aos estados para serem usados por agentes penitenciários.
Informações do Jornal de Brasília