Para ministro Sergio Moro, Ceará tem que resolver greve da Polícia Militar

Atualmente, parece estarmos diante de uma “quebra de braço” entre a direita e a esquerda no país e no final é população de bem que paga a conta. Em alguns momentos algumas falas são dúbias por parte de integrantes do governo Federal, um verdadeiro “bate e assopra”. Em ano eleitoral, para alguns o lema “quanto pior, melhor” é válido.

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, cobrou uma ação efetiva do governo do Ceará para encerrar a paralisação dos policiais militares, que completa neste domingo (1°/3) 13 dias. De acordo com o ministro, a situação no estado nordestino é excepcional e deve ser resolvida o quanto antes.

Ele chegou a afirmar que “por orientação do presidente Jair Bolsonaro, o governo federal está presente e não vai faltar à população cearense. Encaminhamos a Força Nacional. O presidente decretou a Garantia de Lei e Ordem (GLO). As Forças Armadas estão lá atuando. Agora, é importante que o problema seja resolvido.”

Para ele, e não deixa de ser verdade, “quem tem condições de resolver o problema é o governo do Estado do Ceará. A ele que cabe resolver essa questão, e o governo federal tem expectativa de que isso possa ser normalizado o mais rápido  possível, afinal de contas é uma situação extraordinária ter o Exército lá substituindo a polícia, ter a Força Nacional”, disse.

O ministro acrescenta: “Tudo isso é custoso. Tudo isso envolve uma série de riscos. Não é situação normal. Mas quero deixar muito claro que o governo federal tem apoiado, entende muito bem o que significa a união federal. Tem apoiado todos os estados nesse âmbito da segurança pública. Aliás, o mote da política é integração. Em outras áreas, também. Quando houve essa necessidade, o governo federal estava lá. Nas enchentes em Minas Gerais, o governo federal foi lá. Deu todo o apoio possível.”

Vários governadores tentam pressionar o Governo Federal para que se mantenha o exército nas ruas do Ceará, pois tem receio de que o problema possa se alastrar para os seus estados.

Moro tentou minimizar o risco de motins de policiais militares em outros estados. Ele adotou uma postura dúbia: afirmou que a paralisação é ilegal, mas que policiais militares são “profissionais dedicados”. “O que existe de concreto é no Ceará. Não tem porque ficar acompanhando questões que são especulativas, se vai acontecer em outro lugar ou não. Os policiais são profissionais dedicados, têm que ser valorizados. É claro que a paralisação é ilegal. Não deveria ser feita e tem que ser interrompida o mais brevemente possível. O governo federal tem acompanhado a situação”, repetiu.

Na última reviravolta ligada à crise da segurança no Ceará, a assembleia legislativa do estado votou a tramitação, em regime de urgência, da proposta contra a anistia dos 44 policiais militares amotinados. A votação também ocorreu ontem, em uma sessão extraordinária. O texto já foi discutido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e o deputado André Fernandes (PSL), contrário à proposta, pediu vistas. A expectativa é de que a matéria seja definida na próxima semana.

Da redação do Policiamento Inteligente com informações do Jornal Correio Braziliense