Sem reforma, pagamento a servidores acabará interrompido, alerta Guedes

Em evento nesta segunda-feira, o ministro da Economia também afirmou que a reforma da Previdência pode ser resolvida 'em três ou quatro meses'

Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira, 25, durante evento com prefeitos em Brasília, que a reforma da Previdência vai evitar a interrupção do pagamento de salários ao funcionalismo público. “Primeira coisa que vai acontecer (sem reforma) é a interrupção do pagamento de salários”, alertou, lembrando que quem está quebrado é o governo, e não o setor privado. “O primeiro atingido é servidor”, disse.

Guedes afirmou ainda que a reforma da Previdência tem “várias dimensões favoráveis” e evita o “colapso das finanças”. “A reforma da Previdência não está na pauta por acidente”, disse Guedes aos prefeitos. “São 200 milhões de brasileiros que precisam da reforma, mas existem 8 milhões que se beneficiam da fábrica de desigualdades e querem barrar a reforma”, acrescentou, retomando uma ideia já expressa em discursos anteriores.

De acordo com o ministro, o déficit “galopante” da Previdência atinge todos os brasileiros e engole as finanças públicas. Para ele, no entanto, o Brasil está maduro o suficiente para enfrentar a questão. “Estamos reduzindo as desigualdades e vamos abrir a porta para o novo regime previdenciário. Vamos libertar filhos e netos, futuras gerações, dessa armadilha em que caímos”, disse.

Guedes afirmou ainda que a reforma da Previdência não é da equipe econômica ou do atual governo, mas sim do Brasil. “Se não conseguirmos uma reforma com impacto necessário, eu não consigo lançar o novo regime (de capitalização)”, afirmou. “Se os militares não quiserem contribuir e as mulheres não quiserem se aposentar aos 62 anos, então o rural terá que contribuir”, acrescentou o ministro.

Para ele, “quem votar contra (a reforma) está contra gerações futuras e a favor do colapso”. “É simples assim do ponto de vista técnico. Você pode colocar com a roupa política que quiser”, acrescentou.

Informações do Jornal O Estado de São Paulo/Estadão.