Senador Cristovam Buarque defende candidatura de Joe Valle

Uma boa saída seria Cristovam resolver primeiro a situação dentro de seu partido PPS

senador Cristovam Buarque (PDT-DF). foto : agencia senado

Em matéria publicada no Jornal de Brasília uma frase chamou a atenção: “Está faltando bater na mesa. Está passando da hora de definirmos quem vai concorrer nas eleições”, afirma o senador Cristovam Buarque (PPS).

 

Nos bastidores fala-se em uma frente alternativa que seria composta por PPS, PDT, PSD e PCdoB, mas ela seria viável? E o lançamento da pré-candidatura do ex-senador Valmir Campelo pelo partido do próprio senador Cristovam (PPS)? Segundo Buarque, é preciso definir de imediato os nomes dos pré-candidatos para as chapas majoritárias. Para a missão de governador, Cristovam aposta no presidente da Câmara Legislativa, o deputado distrital Joe Valle (PDT) e no ex-secretário de Saúde, Jofran Frejat (PR).

 

Na leitura de Buarque, Valle encarna uma mudança de conceito da esquerda e participa do PDT, uma legenda com tradição. Segundo o senador, este perfil tem alicerces na ética, respeito aos direitos das minorias, programas sociais com economia eficiente e responsabilidade fiscal, sem cair na defesa cega da estatização e do corporativismo.

 

“É possível uma economia ser eficiente e não servir ao povo, nas mãos da direita. Mas é impossível uma economia ineficiente servir ao povo, mesmo nas mãos da esquerda”, pondera. Buarque avalia positivamente a gestão de Valle na Câmara.

 

Ainda segundo a reportagem: “Embora não simpatize com a palavra ressignificação”, usada por Joe, ele admite que é uma ideia interessante para o Distrito Federal, “para uma nova política e novas formas de relacionamento com sindicatos e políticos”, completa.

 

No caso de uma candidatura de Valle, o senador quer Frejat para o Senado Federal. “Mas não estou excluindo Frejat do governo” enfatiza. Na avaliação de Buarque, Frejat tem a postura da esquerda atualizada e de conceitos tradicionais.

 

Para o senador a única composição de forças descartada é com as forças tradicionais de direita, dentre elas o DEM, presidido regionalmente pelo deputado federal Alberto Fraga.

 

A aproximação é sepultada por bandeiras de Fraga, como o porte de armas, a redução da maioridade penal e os laços com o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), pré-candidato ao Palácio do Planalto.

 

A urgência para a definição de nomes, do ponto de vista de Buarque, nasce da necessidade de apresentação de uma proposta coerente para o DF. Faltam sete meses para as eleições. Para o senador, a chapa precisa convencer a opinião pública com contornos patrióticos e não oportunistas, tendo um programa de governo factível, distante das costumeiras promessas eleitorais.

 

, após isso, ficará mais fácil negociar com os outros atores políticos.

 
Com informações do Jornal de Brasília