O ex-ministro da Justiça e ex-juiz da Operação Lava jato, Sergio Moro, vai depor na manhã deste sábado (02/05) no inquérito que apura as acusações de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tentou interferir no trabalho da Polícia Federal, colhendo “informações de investigações em andamento” na instituição.
O depoimento de Moro será em Curitiba, entre o fim da manhã e o início da tarde. Dois delegados do Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq), grupo que investiga inquéritos que correm no Supremo Tribunal Federal (STF), e procuradores da equipe do procurador-geral da República, Augusto Aras, também participarão.
Na última quinta-feira (30/04), o relator do caso, ministro Celso de Mello, determinou que Moro fosse ouvido pela PF em até cinco dias. De acordo com o ministro “Ninguém, absolutamente ninguém, está acima da autoridade do ordenamento jurídico do Estado”. Ele completa afirmando que: “Ninguém, absolutamente ninguém, tem legitimidade para transgredir e vilipendiar as leis e a Constituição de nosso País.”
Das duas uma, ou Moro estremecerá a República, caso apresente provas contundentes contra o presidente, ou poderá responder processo por denunciação caluniosa, prevaricação, dentre outros.
Neste caso, o feitiço poderá se virar contra o feiticeiro. Só o tempo dirá quem está certo e quem está errado.
Em entrevista exclusiva a revista VEJA, Moro afirmou que entregaria provas de acusações de interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal ‘em momento oportuno’. Além disso, ele revelou que é vítima de intimidação e que o presidente nunca priorizou o combate à corrupção.
Da redação do Policiamento Inteligente