Há quatro meses filiado ao Partido Comunista do Brasil, o Coronel Leão é a grande surpresa entre os pré-candidatos dispostos a compor chapas majoritárias para a disputa das eleições desse ano.
Sem ter sido uma única vez candidato, Leão aparece nas estimuladas ao lado de pré-candidatos ao Senado, como Cristovam Buarque, Alberto Fraga, Paulo Otávio, Chico Leite e Wasny de Roure.
O coronel Leão nunca esteve filiado antes a um partido político por ser um militar da ativa, mas sempre trabalhou em governos de esquerda como o de Cristovam Buarque, do governo Lula e de Agnelo Queiroz, todos do PT.
“A minha veia política sempre foi mais à esquerda como opção ideológica”, afirmou Leão ao Radar.
Ele apontou o atual modelo eleitoral do Brasil que foi feito para eleger sempre os mesmos. “Mas estou surpreso com o meu nome aparecendo nas pesquisas, principalmente para senador onde tem nomes que já estão na política há décadas e que fazem do mandato uma profissão.
Rogério Leão, disse que colocou o seu nome a disposição do seu partido para compor a majoritária, seja para senador, governador ou vice.
Na sua avaliação o PC do B tem um bom tempo de TV que lhe dar a possibilidade de estar dentro de qualquer aliança para disputar o governo do Distrito Federal.
Hoje, segundo Leão, a tendência do PC do B é compor da mesma aliança que esteja o presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT).
“Temos a informações que ele desistiria da pré-candidatura ao governo, mas nada oficial. Para nós ele é candidato ao Buriti”, afirmou.
No entanto, quem vai definir o jogo e revelar quem está na disputa são as convenções partidárias que ocorrerão entre o dia 20 julho a 5 de agosto deste ano.
“Até lá haverá muitas especulações de que alguém desistiu do projeto anterior e foi para outro, ou que não irá concorrer a cargo nenhum”, avaliou.
Leão criticou o governo Rollemberg, e disse que o erro do socialista foi prometer demais e deixou de cumprir coisas básicas botando a culpa em gestões anteriores. Ele passou quatro anos olhando para trás se esquecendo que se governa é para frente”.
Coronel Leão destacou que há um desalinhamento total do setor público, o maior carro chefe da sociedade brasiliense, que tornou-se incontrolável.
“A relação entre servidores e o governador tornou-se insuportável, principalmente na área da segurança pública e da saúde. Quando ele promete dar aumento para a Policia Civil, a Policia Militar também quer. Resultado: não dar para nenhem e nem outra”.
Para Leão, o governo não deu o aumento as corporações ligadas a segurança por que não quer, sendo que o Fundo Constitucional tem uma receita bem melhor do que na época da gestão de Agnelo Queiroz.
“Rollemberg só beneficiou algumas carreiras como o pessoal da Procuradoria-Geral do Estado que ganhou benefícios enormes. Para outros setores o governo trata de forma mínima. Qualquer governador que substitua Rollemberg terá que fazer diferente. Brasília não aguenta mais quatro anos de porrada”, avaliou.
Os anos que levou no Executivo fizeram de Rogerio Leão, um técnico capaz de realizar ações de governo que visam melhor as vidas dos cidadãos sem depender de recursos financeiros. E deu exemplo:
“Na época do governo Cristovam eu criei a “Estrutural mão Única”, para acabar com os acidentes e diminuir o stress nos horários de pico e criei o “Eixão do Lazer “aos domingos”.
O incentivo de Leão, para entrar na política, veio de diferentes setores da sociedade brasiliense e de diferentes posições políticas ideológicas.
“Quando um nome como o meu, que nunca disputou uma eleição, aparece nas pesquisas de intenção de voto, é sinal que o povo cansou de eleger sempre os mesmos. Estou à disposição do povo do DF”, finalizou Coronel Leão.
Fonte: Radar DF – Por Toni Duarte