Sempre afirmo neste espaço que segurança pública se faz com a redução do espaço de atuação do criminoso. Quanto mais “cirúrgicos”, “específicos” e “especializados” formos, melhor será o nosso serviço.
Infelizmente ainda somos muito generalistas. Somos generalistas no serviço de policiamento a pé, somos generalistas no serviço velado, somos generalistas no serviço de viatura, somos generalistas no trânsito. Ao sermos comparados ao sistema de saúde, eu diria que temos um monte de “clínico geral” que passa um “monte” de “benzetacil”,
Para quem não sabe, a Benzetacil é um forte antibiótico. Para tomá-lo, é necessário e exigido um teste de alergia. Pois mata se a pessoa for alérgica, pelo choque anafilático. As vezes a polícia esquece o teste de alergia e também mata.
No mundo, o Campus universitário sempre foi alvo de diversos crimes. Atuar com o público acadêmico exige habilidades diferenciadas, além de uma compreensão sobre os princípios legais, base do Estado Democrático de Direito e da filosofia de polícia cidadã.
O policial para atuar em tais espaços deve ter a noção clara de que não basta proteger o patrimônio e a vida se os direitos individuais e coletivos não forem respeitados. O ideal seria uma unidade composta por policiais que tiveram a vivência acadêmica para compreender a lógica do campus universitário.
Precisamos ser mais cirúrgicos, especializados e específicos
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