Há praticamente cinco anos venho dizendo que precisamos quebrar “PRÉ-CONCEITOS” por meio de CONCEITOS para gerarmos um novo conhecimento. Também tenho dito que “palavras geram pensamentos, que pensamentos geram sentimentos, que tais sentimentos geram ações e tais ações geram resultados.” Em resumo: palavras de revolta geram pensamentos de revolta, que irão gerar sentimentos de revolta e que por sua vez irão gerar ações de revolta e resultados de revolta.
Uma reflexão que faço é: O que perdemos e o que ganhamos nos últimos anos por meio da oposição insana e do discurso de revolta? Precisamos ser estratégicos. Quem não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Quem não sabe pedir muitas vezes não ganha ou ganha simplesmente aquilo que pediu.
Recentemente conversando com algumas pessoas uma expressão comum entre PM´s trouxe uma dúvida: “promoção independente de vagas.” É engraçado, se não fosse trágico, que para nós parece simples, mas para o “paisano” é confuso. Para ele soa como se fosse: “promoções sucessivas e independentes até o último posto.” Mas qual é o último posto? Na mente dele vem: “Ué, todos serão coronéis?” ou na pior das hipóteses: “todos serão subtenentes?” Como se isso fosse um absurdo. Nas outras carreiras, todos não chegam a classe especial da carreira depois de um certo tempo?
Conversando com outro amigo que hoje é ex-policial ele foi claro ao dizer que estamos tentando pegar coisas do militarismo e do mundo paisano e fundi-las. Estamos partindo de uma premissa falsa. O que gera um resultado falso. Precisamos de um referencial. Somos policiais ou somos militares? Queremos o padrão “piramidal” das forças armadas ou o padrão “retangular” da polícia civil? O nome do que estamos falando é “mimetismo institucional”, ou seja, aqueles que mais parecemos institucionalmente e que iremos “imitar”.
Talvez o termo mais correto para discutirmos daqui para frente seja promoção por tempo de serviço. Sendo 15 anos o tempo necessário para chegarmos a classe especial da carreira. E não promoção independente de vagas. Somente uma questão terminológica para que o paisano possa compreender em uma mesa de negociação. Algo meramente conceitual…