A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (15), uma operação de combate a crimes sexuais que resultou nas prisões de 33 pessoas. Os suspeitos foram capturadas em Fortaleza, Maracanaú, Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, e Icó, na região Centro Sul do Estado. As vítimas são, em sua maioria, crianças e adolescentes.
No total, 31 homens e duas mulheres, com idades acima de 30 anos, foram capturados. Os mandados de prisão são decorrentes de investigações referente a crimes como estupro, lascívia, práticas obscenas, pornografia infantil, divulgação de imagens de pornografia infantojuvenil e omissão ao testemunhar esses crimes.
Além dos mandados de prisão cumpridos no Ceará, a Polícia Civil solicitou apoio para o cumprimento de dois mandados de prisão de suspeitos que estariam escondidos no Estado da Bahia. “Existe uma integração muito boa entre as Polícias Civis do Brasil, principalmente aqui no Nordeste, por isso solicitamos apoio para a Polícia Civil baiana, que está em campo em busca dos foragidos”, explicou o delegado geral da PCCE, Marcus Rattacaso.
O delegado geral explicou ainda que os alvos dessa operação fazem parte da convivência das vítimas. “O que nos chama a atenção, é bom que se frise, é que a maioria dos crimes é praticada no âmbito familiar, ou seja, é o abuso da relação de confiança que existe entre parentes, às vezes até pais, irmãos, tios, que vêm a praticar esses atos. Daí, a importância que a família tenha a coragem de noticiar o crime, porque a Polícia precisa dessas informações para iniciar as investigações”.
E completa: “Cabe destacar que nós temos uma delegacia especializada, a Dceca (Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente), onde temos um equipamento completo com atendimento multidisciplinar para atender crianças e adolescentes vítimas desse tipo de delito. Essa operação é importante para que possamos dar uma resposta rápida para a sociedade e reiterar que esse tipo de crime não ficará impune em nosso Estado”, diz Rattacaso.
A operação foi coordenada pelo Departamento Técnico Operacional (DTO) e pelo Departamento de Polícia Judiciária Especializada (DPJE), por meio da Delegacia de Capturas e Polinter (Decap) e conta com o apoio operacional dos Departamentos de Polícia Judiciária da Capital (DPJC), da Região Metropolitana (DPJM), do Interior Norte (DPJI Norte), do Interior Sul (DPJI Sul), dos Departamentos de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV), de Recuperação de Ativos (DRA), de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core). No total, 140 policiais civis participaram da ofensiva.