Na manhã desta terça-feira (22), equipe da Corpatri cumpre dez mandados de busca e apreensão e uma prisão preventiva. Essa operação teve início com o objetivo de descobrir a autoria da receptação de 35 celulares roubados, à mão armada, de uma loja de móveis e eletrodomésticos do Paranoá, fato ocorrido em meados de maio. A partir dos informes colhidos pela DCA 1 com a apreensão de um dos adolescentes responsáveis pela subtração e o trabalho articulado das unidades do DPE, a CORPATRI instaurou um IP para a apuração.
Durante a investigação, ficou comprovado que indivíduos autônomos e proprietários de lojas da rodoviária do Plano Piloto teriam receptado grande parte desses celulares. Restou comprovado que, de fato, diversos boxes da rodoviária do Plano Piloto estão vivendo da revenda de material eletrônico ilegal. Criminosos de todas as regiões do DF encontram, na Rodoviária do Plano Piloto, um local de fácil acesso e rápida desova de produtos subtraídos da população, não só nas imediações do local, mas também em outras regiões administrativas.
No decorrer do trabalho investigativo, foram filmadas transações de material eletrônico ilegal, em especial, Iphones roubados/furtados em diversas regiões do DF. Foi também detectado um sofisticado esquema de phishing, ou seja, tentativas de envio de links maliciosos com objetivo de enganar as vítimas e obter os logins e senhas do icloud para desbloquear os aparelhos subtraídos.
O líder preso preventivamente na operação já contava com oito anotações pela receptação de celulares na rodoviária, mas sempre conseguia responder em liberdade. Há pelo menos oito anos, o criminoso vivia dessa atividade e com grande sucesso, pois se exibia numa BMW no valor de R$ 100 mil. Com a profundidade da investigação da CORPATRI e a quantidade de elementos probatórios coletados tem-se que sua carreira no crime levou um duro golpe. O veículo foi apreendido e o envolvido responderá ao processo preso.
Somado a essa atividade de receptação de celulares, a investigação também detectou um ambiente absolutamente degradado em relação à ocupação dos boxes. Grande parte estava sendo ocupada por pessoas desautorizadas, indicando uma comercialização ilegal das lojas, ou seja, os verdadeiros permissionários estariam sublocando para terceiros, violando os termos da permissão que proíbe essa prática. Esse aluguel dos boxes estaria possibilitando o surgimento de máfias que dominam grande parte das atividades do local.
“Essa concentração econômica na mão de poucos viola a própria lógica da licitação e o princípio da impessoalidade. A Administração da rodoviária foi informada dos fatos e trabalha em conjunto com a PCDF com o objetivo de caçar as permissões dos maus lojistas”, destaca o coordenador da Corpatri, delegado André Luiz Leite.
Assessoria de Comunicação/DGPC
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PCDF, excelência na investigação