A Polícia Civil do Estado de Goiás, por intermédio do Grupo de Repressão a Estelionatos e outras Fraudes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais – GREF/DEIC, em operação conjunta com Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC) e apoio da Delegacia de Polícia de Itapuranga, na data de 11/04/2022, prendeu em flagrante quatro indivíduos pertencentes a uma associação criminosa voltada à prática do golpe do novo número em todo o estado de Goiás.
No dia 11/04/2022, pela manhã, a equipe do GREF/DEIC recebeu informações de que um delegado da PCGO, uma agente da PCGO e uma juíza foram vítimas de estelionato eletrônico tentado, quando naquela manhã receberam mensagens por meio do aplicativo Whatsapp de pessoas se passando por familiares e solicitando transferência de valores para terceiros.
Munidos de tais informações, os policiais do Gref e da DERCC cruzaram informações, identificando assim quatro indivíduos supostamente autores dos crimes em referência. Com a identificação dos suspeitos, verificado o estado flagrancial dos crimes, as equipes se dividiram e capturaram dois homens, um em Goiânia e outro em Santo Antonio de Goiás, que em tese haviam vendidos suas contas para um captador suspeito, igualmente capturado em Aparecida de Goiânia. O quarto e último envolvido, que da mesma forma supostamente vendeu sua conta foi capturado com o apoio da Delegacia de Itapuranga, naquela cidade. Cientes dos seus direitos, três destes presos confessaram a prática da venda de suas contas bancárias mediante pagamento de percentual do valor movimentado e apontaram o captador como o adquirente.
Em adição, frisa-se que os presos que reconheceram e confessaram a prática são primários, enquanto que o captador possui investigação em seu desfavor pelo mesmo crime, apesar de ter hipoteticamente tentado ludibriar a justiça constituindo um álibi ao noticiar recentemente em Delegacia, que foi vítima de uma falsidade quando teve ciência de que terceiros se utilizaram de seus dados para abrir contas envolvidas em crimes de fraudes eletrônicas. Ao final das diligências, identificou-se que o grupo fez pelo menos mais duas vítimas em Goiânia na mesma data, cujo depoimento será tomado no decorrer da investigação.
Após a confecção do respectivo auto de prisão em flagrante contra os conduzidos, os quatro tiveram a prisão em flagrante decretada por estelionato tentado, por três vezes, e também por associação criminosa. Somando-se as penas dos crimes, a prisão pode ultrapassar 11 anos de reclusão. Ao final, os presos foram colocados à disposição do Poder Judiciário. As investigações prosseguirão, para a eventual identificação de mais vítimas e autores.