A Polícia Civil, por meio do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Rio Verde, apresentou hoje (29/6) detalhes da investigação do homicídio praticado contra o corretor de imóveis Wellington Freitas, 67 anos, conhecido como Eltinho. O corpo da vítima – sem vida e com sinais de morte violenta – foi localizado na zona rural de Rio Verde, dia 20 de junho. O veículo, parcialmente carbonizado, foi abandonado a 70 Km do local do corpo da vítima. Desde o registro do fato, a Polícia Civil efetua inúmeras diligências para esclarecer as circunstâncias do crime. O executor foi preso em Rio Verde, no dia 22 de junho. Ele confessou ter matado o corretor. Um partícipe do crime já havia sido preso, no dia anterior, em Iporá, por uma equipe da Polícia Militar.
O GIH de Rio Verde então aprofundou as investigações. O executor narrou detalhes do crime durante oitiva, companhado de seu advogado e na presença do promotor de Justiça. Ele contou que trabalhou com o mandante e que o conhecida de longa data. E que a ideia de matar a vítima partiu do mandante após uma viagem a Itajá, onde o executor o ajudou a cobrar uma dívida. O mandante ofereceu R$ 150 mil pelo serviço. Dias depois, o executor recebeu um telefonema de um intermediário, dizendo que lhe prestaria todo o suporte necessário para cometer o delito.
De acordo com ele, o mandante lhe repassou todas as informações da vítima e fez um depósito via PIX em sua conta. O executor ligou para a vítima simulando estar interessado em comprar uma propriedade rural. Se encontraram em frente a uma agência bancária de Rio Verde e seguiram para a zona rural. “No local, ele fez com que a vítima entrasse em um milharal e amarrou seu pescoço. Acreditando que a vítima estava morta, foi para um hotel, onde recebeu ligação telefônica de um intermediário dizendo que ele deveria terminar o serviço”, conta o delegado Adelson Candeo, do GIH de Rio Verde. Diante disso, o executor voltou ao local do crime, jogou gasolina e ateou fogo no corpo da vítima, que estava inconsciente, sendo morta em razão das queimaduras.
O mandante do crime foi preso ontem (29/6) em Montividiu, alvo de mandado de prisão temporária. Ele também foi autuado em flagrante pelo crime de porte ilegal de arma. As armas de fogo que estavam com ele foram apreendidas. O intermediário também foi preso ontem, em sua residência, em Rio Verde. As prisões temporárias têm prazo de 30 dias, dentro do qual o inquérito será finalizado com indiciamento dos quatro envolvidos por homicídio qualificado.
O crime teria sido motivado por uma desavença entre vítima e mandante, amigos há mais de 20 anos, e que negociavam a venda de uma fazenda, havendo desacordo no valor da comissão da venda, motivo pelo qual o negócio não foi fechado. O intermediário já tem passagens por homicídios consumado e tentado praticados em Rio Verde, em 2018.