A Polícia Civil, por intermédio do Grupo de Repressão a Estelionatos e outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), deflagrou hoje (19), a Operação Desfragmentação, no intuito de cumprir 13 mandados de prisão e 12 mandados de busca e apreensão em desfavor de investigados pela prática dos crimes de estelionato e associação criminosa. Até o momento, foram cumpridos 09 mandados de prisão e 10 mandados de busca e apreensão em Goiânia, além de um mandado de prisão cumprido em Ji-Paraná, em Rondônia.
Os mandados foram cumpridos também na Bahia e visam desarticular dois grupos criminosos especializados na prática do crime de estelionato “eletrônico”, conhecido por “golpe do novo número”.
As medidas referem-se a dois casos distintos, ambos iniciados após a prisão em flagrante de um dos suspeitos de integrar o grupo. No primeiro caso, um indivíduo foi preso em flagrante, em maio deste ano, após enganar duas vítimas residentes no Estado do Amazonas. As investigações evoluíram e os policiais civis identificaram outras vítimas, bem como outros indivíduos suspeitos de fazerem parte de uma verdadeira associação criminosa especializada em estelionatos.
No segundo caso, um jovem foi preso em flagrante em julho também deste ano, após receber em sua conta bancária uma transferência, sob a alegação ser o filho de uma senhora residente nesta capital. Com o avançar das investigações, outras pessoas foram identificadas e surgiram indícios de se tratarem de duas associações criminosas distintas, sendo os indivíduos presos em flagrante os responsáveis por fornecerem contas bancárias e cooptarem outros integrantes para a consecução das infrações penais, respectivamente.
Hoje foram presos suspeitos de serem outros integrantes dos grupos também responsáveis por fornecerem as contas e um suspeito de ser justamente o integrante de uma das associações criminosas responsável por entrar em contato com as vítimas, se passar pelo familiar e solicitar a realização da transferência para a conta de outros comparsas.
Além das medidas cautelares de prisão preventiva, prisão temporária e busca e apreensão, a Justiça já havia determinado o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de valores dos investigados, numerário que será utilizado para o ressarcimento das vítimas.
Ao todo, 50 policiais civis participaram da operação, que contou com o apoio das demais delegacias especializadas: Draco, DERCR, Decar, DIH, Decon, Garra/Deic, GAB/Deic e da Polícia Civil de Rondônia e da Bahia.