A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), deflagrou, na manhã desta quinta-feira (19), com apoio da Secretaria da Economia, a Operação Orange Black, segunda fase. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão. A operação tem como alvo empresários e contadores que atuam nesta capital e no município de Goianésia.
As investigações apontam que a associação criminosa vinha fraudando contratos sociais de empresas, falsificando assinatura dos proprietários e transferindo para nome de “laranjas” visando utilização do CNPJ para transporte de cargas sem recolhimento dos impostos.
Mais de 30 empresas foram vítimas do grupo e tiveram seus contratos sociais fraudados e a propriedade transferida para laranjas, todos jovens, entre 18 e 25 anos, e membros de uma torcida organizada de clube de futebol de Goiânia. Nessa nova fase da operação, o foco são empresários de Goianésia e um contador de Goiânia, que também participavam do esquema criminoso. Foram apreendidos documentos, computadores, telefones celulares.
A Secretaria da Economia auxilia nas investigações e já apurou um montante de R$ 2 milhões de reais a título de impostos sonegados pela associação criminosa.
Os investigados responderão por crime tributário, crime contra a fé pública e associação criminosa, além de terem de arcar com o pagamento dos tributos sonegados acrescidos de multa. Na primeira fase da Operação Orange Black, em novembro de 2019, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e 05 mandados de prisão.