Ação conjunta da PCDF e PCGO cumpriu, na manhã de quinta-feira (22), mandados de prisão, busca domiciliar e sequestro de veículos e valores referentes à 3ª fase da operação Huracán.

Foi preso preventivamente, na cidade de Campinorte/GO, um influenciador digital de Brasília que, mesmo cientificado pela polícia sobre a ilicitude das rifas de veículos, continuou realizando sorteios ilegais e participando de crimes de lavagem de dinheiro no Distrito Federal.

O mandado de prisão foi cumprido por equipe de policiais civis das Delegacias de Polícia de Campinorte e Uruaçu/GO – PCGO e, logo em seguida, o investigado foi removido para Brasília pela Divisão de Operações Aéreas da PCDF.

A prisão preventiva do investigado foi decretada pelo Juiz Carlos Fernando Fecchio dos Santos, do Plantão Judicial do TJDFT, após pedido da PCDF.

Segundo a PCDF, após as primeiras fases da operação e sabedor da ilicitude das rifas, o investigado continuou com o sorteio de pelo menos dois veículos, além de dissimular os valores arrecadados em contas de “testas de ferro”.

Na decisão, o Juiz concluiu que as investigações policiais apontam fortes indícios de que o investigado está envolvido em crime de lavagem de dinheiro. Ainda segundo o magistrado, “nem mesmo o indiciamento, a publicidade da denúncia oferecida pelo MPDFT com relação a “rifeiros” próximos e a repercussão na mídia nacional sobre as operações relativas às rifas ilegais inviabilizaram a atuação de representado em novos ciclos de lavagem de dinheiro”.

A pedido da PCDF, o magistrado decretou o sequestro de duas camionetes preparadas com som e suspensão especiais – uma Ford/F250 e uma GM/S10 – e de um caminhão plataforma, tudo pertencente ao investigado e, segundo as investigações, adquirido com os proventos dos crimes. Também foi determinado o bloqueio do montante de R$ 971 mil das contas investigadas.

O caminhão plataforma e a camionete Ford/F250 já foram localizados e apreendidos pela polícia. Segundo as investigações, a camionete seria usada em evento na cidade de Uruaçu/GO na próxima sexta-feira (23/12/2022).

A Operação Huracán investigou uma organização criminosa que atuava desde 2021 na promoção e exploração de rifas ilegais de veículos e ocultação de valores através de empresas de fachada e “testas de ferro”. O esquema era altamente lucrativo e movimentou R$ 20 milhões em apenas dois anos.

A Justiça já decretou o sequestro de três veículos avaliados em R$ 10 milhões. Também foram sequestradas duas mansões, uma no Park Way, em Brasília, e outra em condomínio de luxo de Esmeraldas/MG, bem como determinado o sequestrado de valores em conta até o montante de R$ 22 milhões.As medidas foram deferidas pelos Juízes da Vara Criminal do Guará, 1º Vara Criminal de Taguatinga e Plantão Judicial.

Desde a primeira fase, a Operação Huracán, da DRF/CORPATRI contou com o apoio da Secretaria de Advocacia da Concorrência e Competitividade (SEAE) da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade (SEPEC) do Ministério da Economia.