A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Polícia (DP) de Cidade Ocidental, cumpriu nessa quarta-feira (03) o mandado de prisão preventiva de Ronaldo da Silva Conceição, de 35 anos, investigado por vários crimes de roubo e estupro na cidade. O investigado estava foragido e foi preso ontem no Pará, pela equipe da Delegacia de Polícia de Marabá.
A DP de Cidade Ocidental tomou conhecimento dos fatos no mês de maio de 2018. Depois de várias ocorrências registradas, a autoridade policial instaurou inquérito. Na oportunidade, duas vítimas estiveram na unidade policial e noticiaram que foram abordadas por um homem, o qual fez uso de meios para dificultar sua identificação – como lençol, camiseta no rosto – e praticou contra elas violências sexuais e, em seguida, o crime de roubo.
Durante as investigações, apurou-se que o autor dos fatos monitorava a rotina das vítimas, uma vez que, de acordo com o depoimento de uma delas, após saltar o muro de sua residência, o autor indagou-lhe “se seu esposo, após deixar seus filhos na escola, se deslocaria direto para seu trabalho ou voltaria ali”.
Nos depoimentos das vítimas, ficou claro que o autor mantinha o mesmo modos operandis: invadia a residência, simulava estar na posse de uma arma, ordenava que a vítima retirasse suas vestimentas e, quando resistido por elas, as amarrava e mantinha relações sexuais. O autor, em uma das violências, chegou a ordenar que a filha de uma das vítimas, de apenas 3 anos, se deitasse ao lado de sua genitora, praticando as violências na presença da menor.
Em todas as situações, o autor agia com emprego de muita agressividade, amarrando-as pelos braços e, em alguns casos, pelo pescoço. Após consumar o ato sexual, vasculhava a residência das vítimas, subtraía objetos de uso feminino, como “chapinhas de cabelo” e maquiagens, além de aparelhos de celulares e tablets. Algumas vezes, agredia a mulher. Uma das vítimas precisou ser atendida em um hospital de Brasília.
Uma outra vítima, um mês após o crime, soube que estava gestante e precisou ser submetida ao aborto humanitário. Somente após tomar conhecimento da situação, foi que se encorajou a noticiar os fatos às autoridades policias pois, à época, temeu que o autor voltasse.
Além disso, o autor, na posse de um dos aparelhos celulares roubados de uma das vítimas, passou a enviar vídeos pornográficos, com cenas obscenas, para os contatos salvos na agenda telefônica. Também proferiu ameaças afirmando que “sentia saudades e voltaria”.
Depois de meses de investigações, a equipe da DP de Cidade Ocidental chegou à autoria dos crimes. O delegado representou pela prisão preventiva do investigado, medida deferida pelo juízo local. Na época, o investigado conseguiu fugir e estava foragido, sendo preso agora no Pará após compartilhamento de informações entre as duas polícias civis.
A imagem do investigado é divulgada em razão do interesse público, motivado pela necessidade de esclarecer os crimes de estupro perpetrados. Trata-se de ato decorrente do poder de polícia, necessário para a elucidação dos delitos. A divulgação da imagem segue no interesse da investigação e da sociedade, com o intuito de que outras vítimas de o reconheçam e comuniquem o fato à Polícia Civil, para a devida instauração dos procedimentos cabíveis.