São Paulo/SP – A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (23/5) a Operação Urutau, para desarticular uma desarticulou uma associação criminosa que praticava o tráfico ilícito de animais silvestres, retirados da natureza mediante caça e mantidos em cativeiros. Eram comercializadas espécies da fauna silvestre protegidas de extinção, tais como: Macaco-prego, Arajuba, Arara-canindé, Arara-vermelha, Tucano-toco e Papagaio-verdadeiro.
Policiais federais deram cumprimento a 16 mandados de busca e apreensão domiciliares e 14 mandados judiciais de prisões cautelares (09 prisões preventivas e 05 prisões temporárias), expedidos pelo Juízo da 5.º Vara Federal da Seção Judiciária de São Paulo, mediante ação conjunta com o Ministério Público Federal, com a Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo e com o IBAMA/SP. As cidades onde foram realizadas as buscas são: Vinhedo, Aruja, Guarulhos, São Paulo, Guarujá, Januário, Santo André.
A ação policial
De acordo com as investigações, os traficantes de animais os vendiam com notas fiscais falsificadas ou sem emissão de documento fiscal. Eles também os ofereciam à venda em redes sociais e sites na internet, assim agindo em todo o território nacional. Essa conduta é caracterizada como tráfico interestadual (São Paulo, Goiânia, Mato Grosso, Minas Gerais e Pará).
Os animais eram mantidos em cativeiros e transportados em péssimas condições de higiene, configurando maus tratos. Além disso, expunham a perigo a vida ou a saúde de outrem, mediante a comercialização de animais silvestres retirados da natureza de forma ilícita, assumindo o risco de promover a transmissão de zoonoses.
A investigação criminal constatou os seguintes ilícitos penais: caça de animais silvestres; comercialização de animais silvestres; Crime Ambiental de Maus-tratos; Crime de Receptação qualificada ; Crime de Perigo para a vida ou saúde de outrem; Crime de Associação criminosa; Crime de Falsificação de documento público; Crime de Falsificação de selo ou sinal público; Crime de Falsidade ideológica; e Crime de corrupção de menor.
Haverá coletiva à imprensa na Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, às 10h30.
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*** Nome da Operação: urutaus são aves exclusivamente noturnas e que utilizam bem a sua plumagem para se camuflar, confundindo-se com o ambiente, de modo a dificultar a sua localização pelos predadores. No caso da operação policial, os investigados praticam crimes ambientais de tráfico de animais silvestres em escala, malferindo a biodiversidade ambiental.