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Recife/PE – A Polícia Federal deflagrou na terça-feira (30/4) a Operação Forger, visando investigar crimes financeiros, falsificação de documentos públicos e comércio de cédulas falsas praticados na Região Metropolitana de Recife. Cerca de 40 policiais federais deram cumprimento a sete mandados de busca e apreensão e um mandado de condução coercitiva nos municípios de Recife, Camaragibe, Paudalho, São Lourenço da Mata e Paulista. As ações são referentes a três investigações distintas.

O primeiro procedimento investiga concessão de financiamentos habitacionais com o uso de documentos falsos e participação de um gerente do banco, na época dos fatos, que também mantinha uma empresa do ramo de construção civil. No período de um ano, o grupo investigado movimentou cerca de R$ 2,5 milhões. Nesta ação, os policiais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos diversos documentos e inúmeros contratos de compra e venda de imóveis em Paudalho e Camaragibe. Todo o material passará por perícia técnica com o objetivo de obter provas que comprovem a participação delitiva tanto do gerente do banco como demais envolvidos. Não houve flagrante. Os envolvidos responderão, na medida de suas participações pelos crimes de peculato, com pena de dois a doze anos de reclusão, e obtenção de financiamento mediante fraude, com pena de dois a seis anos de reclusão.

No segundo procedimento, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em ação que investiga crimes relacionados ao comércio de cédulas falsas, cartões (crédito e débito) e CNHs falsas, nas redes sociais. As cédulas falsas eram vendidas por 1/10 de seu valor, sendo que as CNHs falsas variavam o preço dependendo da categoria, de R$ 1 mil a R$ 4 mil. O investigado também vendia cartões de crédito e débito com valor disponível de R$ 4,5 mil a R$ 80 mil, contendo a senha e o prazo para uso do valor (15 dias no crédito ou 20 dias no débito). Os envolvidos responderão pelos crimes de comércio de moeda falsa, com pena de reclusão de 3 a 12 anos, e multa, além dos crimes de falsificação de documentos, cuja pena é de reclusão de 2 a 6 anos, e multa. No momento das buscas em São Lourenço da Mata, foram apreendidos o celular do suspeito e pequena quantidade de maconha para consumo pessoal, razão pela qual foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência. Logo em seguida, ele foi liberado.

Já no terceiro procedimento, os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão e um mandado de condução coercitiva, em ação que investiga o uso de vários passaportes e demais documentos falsos para ter acesso a outros países. Foram identificados ao menos três nomes utilizados pelo investigado, que utilizou documentos diversos para realizar migração para a Europa. Também foi constatada a existência de quatro boletins de ocorrência por envolvimento com pirâmide financeira nos estados de Sergipe, Acre, Tocantins e Goiás. O envolvido costuma se apresentar com diversos nomes falsos, com sua foto em diversos documentos. Ele responderá pelo crime de uso de documento público falso, com pena de reclusão, de 1 a 5 anos, e multa. No momento das buscas foram apreendidos talões de cheques, várias carteiras de identidades e de motorista em nome do suspeito, vários celulares, discos rígidos, pen drives, notebooks, além de um veículo. O suspeito foi autuado em flagrante em virtude de ter apresentado para os policiais uma identidade com nome falso. Após a autuação, foi encaminhado para a audiência de custódia, tendo sido confirmada a sua prisão preventiva. Logo em seguida, foi encaminhado para o COTEL-Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna, onde ficará à disposição da Justiça Federal.

O nome da operação faz alusão à modalidade de prática de crimes. Significa falsificador, em inglês.

 

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