Maceió/AL – A Polícia Federal, em conjunto com a Polícias Civil e Militar de Alagoas, deflagrou nesta terça-feira (21/5) a Operação Tríplice Aliança, para desarticular um grupo criminoso voltado à prática de crimes de tráfico de drogas, organização criminosa, lavagem de dinheiro, roubo de veículos, assalto a banco e estelionato, nas cidades de Maceió/AL, Arapiraca/AL e Joboatão/PE.
Aproximadamente 50 policiais federais, 40 policiais civis e 40 policiais militares cumprem 5 mandados de prisão preventiva, 1 mandado de prisão temporária, 21 mandados de busca e apreensão e sequestro de nove veículos, expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital.
Foram apreendidos veículos de luxo, motos, 200 kg de produtos químicos (utilizados no refino de cocaína), 20 kg de cocaína, 11 cavalos de raça, 1 bloqueador Jammer (conhecido como “capetinha” ou chupa cabra”) e uma máquina de contar cédulas. As apreensões foram juntadas aos autos do inquérito policial, instaurado na Polícia Federal em Alagoas para a investigação dos fatos.
Os presos foram conduzidos para a Sede da Polícia Federal em Alagoas e serão ouvidos pela autoridade policial. Responderão pelos crimes de tráfico de drogas, organização criminosa, lavagem de dinheiro, roubo de veículos, assalto a banco e estelionato, cujas penas somadas ultrapassam mais de 40 anos de reclusão.
O nome da Operação Tríplice Aliança se deve ao fato de as três Forças de Segurança Pública do Estado de Alagoas estarem diretamente ligadas às investigações que resultaram na deflagração das ações de hoje.
A coletiva de imprensa será realizada na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil do Estado de Alagoas.
BREVE HISTÓRICO DAS INVESTIGAÇÕES
Em 2015, o principal alvo da Operação foi preso, já investigado à época, por financiar roubos a bancos e liderar o tráfico de drogas em Maceió/AL, precisamente nos bairros de Bebedouro e Bom Parto. De acordo com a investigação, aquele traficante movimentava cerca R$ 500 mil por mês em suas atividades ilícitas, possuía armas de grosso calibre e mantinha um laboratório para refinar drogas trazidas de fora do país.
As investigações apuraram que os arrombamentos de agências bancárias estavam sendo realizados por indivíduos do Mato Grosso, sob a coordenação de presidiários de Cuiabá e Goiânia e com o financiamento de uma pessoa de Maceió, até então não identificada.
Foram deflagradas duas operações, que resultaram na prisão de seis pessoas e falecimento em confronto de outros quatro mato-grossenses, todos em flagrante de tentativas de arrombamento de agências bancárias (Ponta Verde e Gruta) e Correios (Arapiraca).
Posteriormente, foi identificado que o financiador do grupo em Maceió era um indivíduo, popularmente conhecido nas localidades do Bom Parto e de Bebedouro, o qual tinha estreita relação com presidiários, traficantes e assaltantes de banco de Mato Grosso.
Este traficante mantinha vida social de elevado padrão na capital alagoana, trafegando em carros de luxo e residindo em área nobre (Ponta Verde). Os trabalhos avançaram após acompanhamento constante do investigado, o que levou à descoberta de que este traficante mantinha apartamentos alugados em edifício à beira-mar de Jatiúca para hospedar assaltantes de banco do Mato Grosso e praticar outros crimes (tráfico e posse de armas).