Após derrota no TCU, Ibaneis diz que não há data para tratar de reajustes a servidores

“Já deixei bem claro: não vou dar reajuste para ninguém neste ano. Não existe essa possibilidade”, diz Ibaneis

"O DF, há muito tempo, vive um problema de segurança muito grande. Temos duas corporações que não se entendem de forma alguma. Vou empoderar meu secretário de Segurança" (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

Com um rombo de R$ 12 bilhões herdado de gestões anteriores — somados os débitos dos órgãos do Executivo local e das empresas públicas vinculadas ao DF —, o governador Ibaneis Rocha (MDB) falava na inviabilidade de conceder novos aumentos ao funcionalismo local neste ano. Porém, ainda cogitava negociar o pagamento, de forma parcelada, da terceira parcela do reajuste garantido por Agnelo Queiroz (PT), pendente desde 2015. Com a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que acrescenta mais R$ 10 bilhões às dívidas da capital, entretanto, o chefe do Palácio do Buriti disse que não há sequer uma data para revisitar os assuntos.

Em entrevista ao programa É Notícia, da Rede TV, transmitido na madrugada desta quarta-feira (27), Ibaneis havia dito que “Agnelo desestruturou as contas do DF a partir da concessão de reajustes sem qualquer critério” e lembrou que a maior parte da receita da capital estava comprometida pela folha de pagamento do funcionalismo.

O chefe do Buriti disse sofrer uma grande pressão dos servidores que “querem cada vez mais”. “Já deixei bem claro: não vou dar reajuste para ninguém neste ano. Não existe essa possibilidade”, cravou. O emedebista, entretanto, reconheceu a dívida existente com os servidores. “Eles têm uma terceira parcela do reajuste em aberto. Há vários processos judiciais transitados em julgado que determinam o pagamento. Então, quero fazer um escalonamento com todas as categorias para que a gente comece a quitar o passivo”, complementou.

Após a derrota no TCU, que acarreta uma queda de R$ 700 milhões na arrecadação, porém, Ibaneis descartou conduzir a negociação neste momento. “Primeiro, precisamos reverter no STF essa decisão, que foi duríssima para o DF. Só depois disso, teremos condições de fazer promessas às categorias. Não há como pensar em reajustes nesse momento”, afirmou o governador, que prometeu diversos aumentos e a valorização do servidor durante a corrida pelo Buriti.

Informações do Jornal Correio Braziliense